sexta-feira, junho 30, 2006

Surpresa! Sou tio de novo!

Uma notícia botou meu mundo de cabeça para baixo ontem. Eu mal chego do almoço, sento na cadeira e vejo no msn messenger: "bomba, bomba, bomba, me liga", do meu comparsa Fernando. Eu ligo pro trabalho dele e ele me conta a história. Eu, atônito, fico dizendo que é mentira, emito sons não recomendáveis à crianças, sou risada e balanço a cabeça negativamente.

Mas era verdade: a Fabiana, uma amiga bem próxima nossa, tivera uma filha na madrugada do mesmo dia. Até aí tudo bem, alguém poderá dizer. Mas o que você diria se você soubesse que ela estava grrávida apenas naquele momento? Temos que levar em conta que ela mora no meu bairro e nos vemos sempre, é lá que smepre jogo War, o marido dela, o Christian, é meu amigo também, etc. Detalhe mais grave: nem eles sabiam que ela estava grávida!!! Percebeu agora o porquê deu ficar perplexo?

Até agora é difícil de acreditar numa história dessas, mas enfim, a menina nasceu, se chama Laís, pesa quase 4 quilos e tem 51 centímetros. Uma gigante! Ontem à noite fomos na casa deles pra saber mais notícias pelo Christian, ja´que a Fabiana e a guria estão no hospital ainda, logicamente.

Ficamos lá um tempão, tentando entender tudo aquilo, ouvindo da própria boca do pai fresco (e esse termo faz realmente sentido neste caso) e rindo, confraternizando. O Fernando ligou para mulher dele, a Teresa, para ela ir lá porque a Fabiana tinha tido uma filha. Ela não sabia da história e quis bater no marido pelo telefone, xingando-o. Só foi crer mesmo na existência da Laís quando chegou lá. E ela está grávida, do Luiz Fernando, que deve surgir por aí em Setembro. ela só dizia: "Como é possível? Eu fazendo pré-natal e ela teve o filho sem saber?". Era realmente muito cômico estar naquela situação. Depois de um tempo fomos embora, deixar o Christian dormir um pouco e nos colocarmos a disposição para qualquer coisa.

Eu saí de lá radiante. Logo eu que não sou muito chegado em crianças. Não que eu não goste, mas é que sou impaciente, não consigo ter calma com choradeira, essas coisas. Mas fiquei imaginando - com a Teresa e o Fernando - a Laís que já chegou e o Luiz Fernando que vai chegar, correndo na casa de um dos casais, pra lá e pra cá, fazendo bagunça, enquanto a gente joga War. Desci a minha rua feliz da vida, ansioso por conhecer a minha sobrinha postiça e de rever a mamãe dela que deve estar baqueada até agora, como o papai, que está mais aéreo que foguete perdido no espaço. Ai, ai, essas coisas são um barato. Sou tio!!! É isso, estou feliz e para mim, isto basta neste momento. Seja bem vinda Laisinha!!!

quinta-feira, junho 29, 2006

No bagaço...

Olá amigos.

Estou de rápida passagem para dizer que não estou muito bem, por isso até que o blog Jornalismo e Política ficou desatualizado. Até penso no que escrever, separo tudo, mas não estou em condições para tal. Ontem tive uma dor de cabeça gigantesca, quase morri no metrô ontem de tanto passar mal. Tão esquisito eu tava que andava de camisa na rua, segurando a blusa. E todos sabem como tá frio em Sampa, aliás, tá um gelo. As pessoas que me viam na rua só de camisa deviam me achar um ET.

Fui para o curso de pós-graduação só apra entregar a prova, nem imaginei que tinha aula. Mas tinha. Pedi licença, entreguei a prova e fui embora. Cheguei em casa e quase tive um troço, passei mal no metrô de novo. Vi um pouco de TV, tomei banho e capotei. Hoje acordei bem, mas tô aqui no serviço começando a não me sentir bem de novo, sinto partes da cabeça doendo e um leve mal-estar começa a me atingir de novo.

Espero que não seja nada, mas me sinto fraco. Ruim é que estou cheio de coisas pra fazer no trabalho. Mas vou fazer aquele comum, dar um tapa, deixar o básico ok e... rua! A não ser que eu melhore, que é o que na verdade eu espero. Vamos ver.

Enquanto isso, esqueci de comentar com vocês que saiu a edição 79 do Rabisco, e tá bem bacana! Tem texto meu na destaque principal sobre o Museu da Língua Portuguesa, além de resenha sobre X-men 3, de Código da Vinci, do novo livro de Zuenir Ventura, do novo disco de Badi Assad, etc., tem muita coisa bacana lá! E também uma coluna minha sobre vinhos, bem divertida! hehehe Pelo menos o pessoal lá gostou. Saboreiem: www.rabisco.com.br. Vou cuidar do meu trabalho e de minha saúde, até mais.

quarta-feira, junho 28, 2006

Novo Blog

Oi amigos.

Tô passando rapidamente aqui hoje apenas para dizer que estou com um novo blog: http://www.jornalismoepolitica.blogspot.com/.

Como o nome já indica, trata-se de um trabalho mais opinativo, reflexivo, analítico, de cunho jornalístico mesmo, em que eu devo analisar os fatos que ocorrem no cotidiano da política brasileira e a forma como eles são noticiados também.

A idéia é trazer um olhar diferente do que é dado nas reportagens, com maior análise e distância daquilo que está sendo noticiado, ams também, com crítica e posição clara sobre cada assunto.

Bem, o site será atualizado diariamente e o primeiro post explica melhor isto. Então, quem quiser dar uma olhada lá, basta clicar em http://www.jornalismoepolitica.blogspot.com/.

Grande abraço!

terça-feira, junho 27, 2006

Mais feliz

“Espero ainda absorver melhor esses dias e ficar mais feliz quando vivê-los, sem querer esperar nada mais por isso”.

Antes de explicar o porquê do destaque da frase acima, quero falar que, apesar deste post só estar no ar agora, eu estou escrevendo-o no domingo a noite, logo depois do post anterior que entrou ontem. É que to aproveitando o domingo de folga, que é o tempo melhor que tenho, para escrever sobre algumas coisas... Como diria a Soninha, se trata de um “post retroativo”, rsrsrs...

Voltando ao tema que desejo falar, percebeu que a frase entre aspas foi a última do último post? É que eu gostaria de escrever algumas linhas sobre o tema. Eu gosto da vida que vivo, do trabalho, das diversas coisas que faço, dos sites que cuido, das pessoas com quem me relaciono profissionalmente.

Amo meus amigos, tenho poucos que mantenho contato quase que diário, mas tenho outros tantos que gosto muito, mas que não consigo manter um contato prolongado. Tenho pais legais, irmã que me adora, sobrinhos bacanas (sábado passei toda a a manhã com o Lucas em casa e foi bem legal), não tenho do que reclamar.

Vivo coisas legais nisso tudo, mas, tem horas que eu sinto falta de algo mais. Não é dinheiro, não é outro emprego (de tudo isso eu estou cuidando), muito menos quanto a amizade, família, etc. Sinto falta de estar com alguém, de cuidar de alguém, de receber atenção, gostar e saber que alguém gosta de mim.

Nada muito romântico e sonhador, pois no mundo de hoje as pessoas são muito egoístas, infelizmente. Talvez por isso não consigo encontrar garotas bacanas nesse meio de campo, pois eu gostaria que as pessoas se desprendessem dessas coisas e se ligassem pelo amor, cordialidade, solidariedade e vontade dom bem estar comum. Contudo, isso está longe. Mas, mesmo assim, a gente precisa ter uma relação de outro tipo.

Acho natural isso né (eu já devo ter escrito isto em outro momento de minha vida), sentir falta dessas coisas. Consigo viver e superar isso, não pode abalar, nem complicar absolutamente nada. Mas sei lá, é algo que, neste momento, tem me incomodado.

Às vezes tenho vontade de sentir algo por alguém, mas como sei que isso não será correspondido, eu prefiro manter o sentimento opaco, distante. É meio cômodo, talvez, por isso esse interesse. Então eu tento deixar de lado – apesar de muitas vezes me perder em parafuso – para não me machucar a toa.

Já que este problema é um tanto insolúvel, queria que aparecesse alguém que eu gostasse e pudesse lutar para isso ou simplesmente viver e acontecer naturalmente. Nada de cair do céu, mas que eu me interessasse por quem aparece (e que aparecesse) e que se interessasse por mim.

Mas, a cada dia, semana, mês, ano que passa, eu vejo a luz no fim do túnel diminuir. Sinceramente, tenho medo de viver só pelo resto de meus dias. Isso me limita até a concretizar a vontade de morar sozinho. Pois, vai que eu resolvo morar só e, ao invés das coisas melhorarem, possam piorar.

Espero que essa questão não se complique mais e eu consiga me arriscar a morar sozinho. Entretanto, o desejo de estar com alguém – nada de casar, apenas uma companheira cúmplice para compartilhar minha vida, meu amor e carinho – surge e me deixa um tanto melancólico (e preocupado) de que isso possa ser permanente. Sou como todos, quero apenas um amor para compartilhar.

Isso me faz lembrar uma frase triste (e desesperada) de uma canção da Legião chamada Antes das Seis: “Quem inventou o amor, me explica por favor”.

segunda-feira, junho 26, 2006

Sábado surreal e divertido

Como eu prometi, apareço aqui para falar do sábado surreal que vivi. Eu e meu amigo Fernando fomos cozinheiros por um dia. Para ele tudo bem, ele até sabe fazer arroz e tem algumas noções. Mas eu, simplesmente, não entendo absolutamente nada de cozinha. Sei apenas comer e comer e comer... rsrsrs.

É que como uma outra amiga minha, Fabiana, faz aniversário dia 30 agora e ela sempre faz diversas comidas gostosas, ela decidiu que, como presente, que eu e o Fernando fizéssemos um almoço de aniversário para ela. Deveríamos contar apenas com a supervisão da Teresa, esposa do Fernando, já que ela manja fazer rango e precisávamos pelo menos de uma orientação.

E nesse sábado nós fizemos uma prévia-teste na casa do Fernando para ver como isso iria rolar. A Daiane também apareceu lá para dar um apoio moral e pra ajudar na cerveja, claro. Conheci a Heineken e Xingu e descobri como tem cerveja boa hein, além das populares. Mas a caixa comprada foi de Itaipava mesmo.

Quanto ao cardápio, até que foi interessante: strogonoff de frango, creme de milho, arroz e, de sobremesa, mousse de maracujá. Tudo regado a muita cerveja, que tomamos o dia inteiro, enquanto preparávamos as coisas e víamos os jogos da Copa.

Mas como foi divertido. Eu cortei, piquei e temperei o frango, botei pra fazer, taquei as coisas todas, mó barato. Enquanto isso, o Fernando fazia o arroz – e me ensinava, para quando eu morar sozinho eu saber como é. Fizemos também o mousse e fechamos com o creme de milho, tudo ligeirinho. Ainda lavei toda a louça – porque será que ninguém gosta de lavá-la? Eu curto – completando o almoço lá pelas 16h.

E, modéstia a parte, ficou bom demais! As duas que não fizeram diretamente o rango elogiaram pra caramba e eu e o Fernando mesmo gostamos muito do resultado final. Enfim, fomos aprovados. Que bom! Espero aprender mesmo para quando morar sozinho, não sofrer com isso.

Depois do dia de cozinha ficamos lá batendo papo sobre várias coisas, tomando cerveja, e ainda fomos pra Mauá na casa do cunhado do Fernando. Foi um dia muito gostoso. Espero ainda absorver melhor esses dias e ficar mais feliz quando vivê-los, sem querer esperar nada mais por isso.

Ps: Desculpem não ter postado ontem, mas fiquei com sono e com preguiça de acessar a net para publicar o texto. : )

domingo, junho 25, 2006

Recado breve

Oi gente.

Tem coluna nova no Papo de Bola: http://www.papodebola.com.br/rodrigoherrero/20060624.htm.

Desculpem o sumiço, a semana foi muito agitada e este sábado eu passei o dia todo fora, cheguei só 1h30 da manhã deste domingo, entrei na net para atualizar o site do padre Marcelo, ver umas coisas, fazer umas contas na minha planilha de custos (hehe), e dar aquela navegada básica.

Mas estou morto de cansaço e vou dormir, porque não estou com condições bacanas de descrever este sábado que foi bem divertido, até como cozinheiro eu brinquei. Mas fica pra depois, que eu escrevo melhor... Espero ainda nesse domingo poder fazer isso.

Por enquanto, fica uma frase da música Mais do Mesmo, da Legião Urbana: "E quando tem chacina de adolescente, como é que você se sente?" Você sente alguma coisa? É possível sentir algo?

Dá pra amar, viver, receber em troca o amor, sobreviver, num mundo esquizofrênico desse? Perguntas, apenas. "Enquanto isso na enfermaria todos os doentes estão cantando sucessos populares. Todos os índios foram mortos".

terça-feira, junho 20, 2006

Carta de um homem cansado

Hoje é terça-feira e já me sinto bastante cansado. Pareço estar carregando um peso nas costas, na mente. Tenho um texto pra fazer para o Rabisco sobre uma peça que assisti sexta-feira passada, mas não to com força mental para concebê-lo. Pelo menos já entreguei uma entrevista que estava pendente há um tempo, e como a Edição 79 foi ao ar ontem, as coisas parecem que vão ficar mais tranqüilas. Ao menos, esse é o desejo.

Eu dormi pouco de domingo para a segunda e de segunda para a terça, então as poucas horas de sono estão fazendo falta. Maldita mania de ficar até tarde na casa da Fabiana e do Christian (amigos meus) jogando War com eles e minha outra amiga Daiane. Fui para lá para ver o jogo do Brasil, tomei muita cerveja, batemos papo e brincamos de dominar o mundo pelo jogo. Mas sempre ficamos até tarde e isso me derruba na semana.

Para ajudar, ontem saí mais cedo da aula da pós-graduação porque estava morto de sono (a natação antes das aulas têm me relaxado demais), mas, ao invés de ir dormir, fui para a Internet completar o tal texto da entrevista e pedir mais umas informações para o cara da banda que me concedeu o papo. Fui dormir mais de meia-noite também, como no dia anterior.

Sorte que hoje saí cedo por causa do dentista. Daí aproveitei para ver Inglaterra x Suécia. Também consegui complementar com o que faltou da entrevista e enviar o texto faltante, além de fazer umas pesquisas sobre América Latina lá para a pós. To preocupado com uma coluna do Rabisco que tenho que fazer, mas, como via de regra, nunca tenho um tema. Desta vez até tenho, mas como é muito extenso, quero abordá-lo com o cuidado devido, o que não ocorrerá se eu fizer correndo para esta semana. Vamos ver o que vai dar.

A produtora também tem consumido bastante minhas energias, então a coisa complica. Além das pendengas no site do padre Marcelo Rossi, que são diversas, tenho que organizar e supervisionar se tudo está sendo feito de forma correta no próprio site, além de responder uma tonelada de emails dos leitores e tocar as matérias e as muitas atualizações do site.

Ainda bem que em breve deverei receber uma ajuda consistente, quando o assunto se confirmar eu trago mais detalhes. É até bom, pois começarei um novo projeto lá dentro e preciso ter mais mãos e mentes pensando comigo, senão vou ficar maluco e estragar tudo de bom que construímos ao longo desse tempo.

O desempenho do site anda me preocupando muito. Sabe quando você faz de tudo para o negócio andar e, mesmo assim, ele não anda? E pior: você não sabe o que acontece para que o resultado não esteja sendo o esperado? Isso dá uma agonia lascada, você perde o chão, fica deprimido, não quer saber de mais nada. Mas aí tem que seguir em frente e lutar para que tudo saia dentro dos conformes, para que os problemas sejam resolvidos, você seja atendido, e também comece a produzir algo que possa começar a reverter o problema que se mostra cada vez mais grandioso.

Queria que as coisas estivessem melhores. Não estão ruins, muito pelo contrário. Mas, justamente por ter conseguido um respeito bacana quanto ao meu trabalho e um espaço cada vez mais interessante dentro do que estou fazendo, eu sinto que estou falhando naquilo que me propus e que necessito detectar o que ocorre e corrigir o problema. O ruim é que não depende só do meu único esforço, outras coisas precisam convergir. Só esperam que elas comecem a engrenar logo. Minha alma urge por isso.

segunda-feira, junho 19, 2006

A diferença entre o discurso e a prática

A pesquisa do Ibope divulgada na última terça-feira (13) que mostra a ampliação da vantagem de Lula sobre seus adversários na disputa presidencial fundamenta as bases do otimismo com que o Partido dos Trabalhadores tem desenvolvido seus discursos, suas articulações internas e produzido seus documentos. Foram esquecidas toda a corrupção e crise que assolou o partido até bem pouco tempo atrás.

O PT parte para a ofensiva, ancorado no bom desempenho de Lula antes as pesquisas (mais do que seu fraco desempenho no governo), nos números sociais que são disparadamente melhores do que os mandatos de FHC (apesar do fracasso do Fome Zero, que caiu no esquecimento), e nos ventos tranqüilos de um momento sem muita turbulência política, já que a direita pefelista e pessedebista não consegue macular a imagem de Lula, muito menos articular um candidato a presidente com desenvoltura nacional. Alckmin é o fiasco anunciado há muito e, só por um milagre, ganhará o corpo necessário para derrubar Lula.

Pelo menos é assim que pensa a nova (velha) cúpula do PT, presidida agora pelo deputado Ricardo Berzoini, com atores não tão exponenciais como José Dirceu e José Genoíno, mas que conseguem levar a militância petista no bico e tentam pressionar Lula para um segundo governo “mais à esquerda” ou, pelo menos, mais preocupado com o desenvolvimento sustentável e com um crescimento econômico maior.

Esse, ao menos, é a síntese do documento “Diretrizes para a Elaboração do Programa de Governo”, aprovado em abril durante o 13º Encontro Nacional do partido, que será a base do Programa de Ação de Governo (PAG), citado na última segunda-feira (12), quando o partido divulgou o calendário para a formulação do programa. A coordenação da Comissão Nacional do Programa de Governo está a cabo de Marco Aurélio Garcia, assessor para Assuntos Internacionais da Presidência e outro membro antigo do PT que ganhou mais espaço com o afastamento de lideranças históricas do partido.

Entre os principais temas abordados está o mais do mesmo do combate às desigualdades sociais, maior distribuição de renda, mais crescimento, reforma da educação, integração sul-americana, além de bater na tecla novamente sobre a questão dos juros, que, na visão do presidente do partido, deveriam receber maior corte, como destacou O Estado de S. Paulo no dia 12.

Duas coisas chamam a atenção: primeiro, que o PT já admite manter o abusivo superávit primário de 4,25% do PIB brasileiro como meta para ajuste fiscal, abandonando a crítica sistemática que possuía sobre o tema, que gerou até conflitos na cúpula do governo, principalmente com o ex-ministro da fazenda, Antonio Palocci. Está clara a admissão de um ato considerado à direita. Por outro lado, no programa há o desejo de vetar a autonomia do Banco Central. “Somos contrários à independência formal do BC. Há estratégias institucionais próprias do BC, mas ele responde a uma política econômica macro, que é decidida pelo legislativo e Executivo”, disse Berzoini para o Estado.

Essa atitude, classificada pelo referido jornal como uma “guinada à esquerda[1]”, pode aparentar que, como o PT está tranqüilo quanto à vitória de Lula, qualquer coisa vai passar no segundo mandato. Parece que muitos petistas se esqueceram do que pensaram quando da primeira Carta ao Povo Brasileiro (a segunda vem muito em breve), em que a cúpula do partido disse que faria exatamente o que está fazendo no governo hoje: “Ah, tudo bem, é para enganar a elite, quando chegar ao poder vamos manter as bandeiras históricas do partido”. Parece que alguns militantes desejam cair no mesmo erro novamente. Afinal de contas, as pessoas só acreditam no que querem ou no que convém a elas acreditar, até para dar uma resposta a seu eleitorado e poder se manter na política por mais tempo.

Entretanto, para quem percebe quem realmente manda no partido dos burocratas profissionais[2], é fácil notar que, no frigir dos ovos, todos abaixam as orelhas quando Lula discursa. É ele quem acaba por definir os rumos do partido, principalmente na questão eleitoral, que é o que realmente vale na única estratégia petista: manter-se no governo. A diferença é que suas palavras não possuem nenhuma tintura esquerdista, socialista ou qualquer “ista” que o valha e que permanece nas rodas de discussão do partido, algo tão vazio de sentido que parece um fantasma tentando lembrar sua infância. Lula, pelo contrário, encarna o pragmatismo sindical de quem quer vencer as próximas eleições e conseguir tocar seus projetos dentro da democracia burguesa que vivemos hoje.

E, para isso, ele negocia uma ampla aliança política com o PMDB e demais partidos corruptos, que compõem a direita tradicional que atrasa o país. Mas ele quer governar e, dentro das atuais condições e de sua lógica de sindicalista de resultado (vamos negociar e conseguir o que dá), somente esse tipo de aliança mesmo para conseguir base de sustentação de seu governo – tanto que os cargos de vice-presidente da República e de vice-governador de São Paulo foram oferecidos ao PMDB.

Por isso, o fato de Berzoini e a cúpula petista quererem mostrar desenvoltura em duros discursos, em prol de um segundo mandato presidencial que foque ainda mais o lado social, não indica necessariamente que Lula esteja concentrado neste esforço. É óbvio que o presidente da República se coloca em favor de projetos sociais, muito mais que o governo anterior, mas não quer dizer que os projetos serão atropelados e colocadas em prioridade máxima, como anseia o partido.

Ou seja: não se iludam petistas, movimentos sociais ou quem deseja votar em Lula, acreditando que as demandas históricas que o PT se comprometeu ao longo de sua existência - e que não foram atendidas nos primeiros quatro anos – serão praticadas com certeza e tranqüilidade num possível segundo mandato, pois, o que está em jogo acima de tudo é a manutenção do poder pelo partido. Se precisar renegociar com legendas historicamente adversárias, voltar atrás com bancos e fazer tudo o que foi feito de 2003 até aqui, será feito.

E o ônus, novamente, cairá sobre os trabalhadores que acreditam na legitimidade de Lula em fazer as reformas devidas, mas que, no fim das contas, tais reformas prejudicam acabam por minar cada vez mais a capacidade da população de ser beneficiada e de reivindicar as melhorias necessárias para as suas vidas e não apenas para pequenos grupos da sociedade.

____________________________________________
[1] Engraçado foi ler o primeiro parágrafo do texto do Estado: “Numa guinada à esquerda, o PT descartou ontem a inclusão da proposta de autonomia do Banco Central no programa de governo de um eventual segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva”. Esquerda? Impedir uma independência de um órgão como o BC em relação aos demais poderes da nação é um ato de esquerda? Tudo parece culpa da esquerda (aliás, que esquerda?), eles são responsáveis por toda e qualquer ação que o jornal discorde. Fica claro que cada vez mais o discurso único aponta para o seguinte viés: qualquer coisa que fuja do receituário neoliberal é visto como de esquerda, reacionário, populista, atrasado, um erro. Essas generalizações são perigosas demais porque colocam qualquer coisa dentro do mesmo saco e querem dizer que só o receituário adotado atualmente é o melhor para o país. Pode até ser, mas para qual povo desse país?

[2] Afinal, a composição social do partido mudou radicalmente ao longo dos anos e o que prevalece no PT, em sua maioria, são políticos profissionais, que vivem daquilo. Basta ver o caso do Genoíno que e de Zé Dirceu que não tinham o que fazer da vida pós-escândalo, já que toda a carreira havia sido construída dentro da política.

sábado, junho 17, 2006

Copa + Reflexão

Para não dizer que eu não falei de Copa do Mundo (rsrsrs...), aí vai um artigo que escrevi para o Papo de Bola, sobre a primeira rodada da Copa: http://www.papodebola.com.br/rodrigoherrero/20060616.htm.

E o Bussunda morreu. E eu não senti nada. Estarei ficando insensível? Não sei. Talvez se eu conhecesse de perto, como o Juca Kfouri, que deu um relato emocionado em seu blog, mas tantas pessoas morrem de motivos piores. Não consigo perceber isso dentro de mim.

O dia que menos pessoas morrerem de causas idiotas (como o Bussunda também não gostava), eu possa desacostumar a tanta desgraça na humanidade, como a morte dele que fazia rir, ou de alguém que ama a sua vida, o que faz... Um dia, ainda quero acreditar...

sexta-feira, junho 16, 2006

Fim de semana de Copa

Mais um fim de semana em casa e, com certeza, mais dois dias de futebol, largado no sofá, vendo as partidas da Copa do Mundo e tomando uma cerveja. Três né, pois, como vocês sabem, esta sexta-feira eu estou em casa porque trabalhei na quinta-feira, cobrindo uma missa de Corpus Christi, celebrada pelo padre Marcelo lá perto do Santuário Terço Bizantino.

Um belo descanso após o rescaldo dos dias anteriores, em que trabalhei na quarta-feira o dia todo, com direito a acompanhar um chat que o padre Marcelo participou. Ainda virei a madrugada na produtora fazendo um monte de coisas do trabalho e da pós-graduação e, na quinta-feira de manhã, fui para a tal missa. O dia acabou cedo no feriado, mas também, eu já estava estourado.

É uma coisa maluca isso, pois você trabalha como um louco, fica cansado e, mesmo assim, adora o que está fazendo. Jornalista é tudo maluco mesmo, gosta de trabalhar bastante, fazer as coisas, estar antenado com tudo. Deve ser só para ficar falando o que fez né, só pode... rsrsrs... Vaidade tremenda os jornalistas possuem... rsrsrs...

Tô escrevendo tudo isso – e na brincadeira – porque tenho acompanhado a cobertura da Copa do Mundo pelo canal de esportes pago ESPN Brasil, e eles estão correndo de lá pra cá, de cidade em cidade, acompanhando os treinos, jogos, fazendo programas de estúdio em locais diferentes e tarde da noite, 2, 3 da manhã.

E eles dizendo as coisas malucas para trabalhar, dormir pouco, viagens, enfim, uma maluquice só. Mas é bem divertido, mostra como esses profissionais – como Juca Kfouri, José Trajano, Paulo Vinícius Coelho -, verdadeiros ídolos para jovens jornalistas, são próximos da gente. É bem divertido ouvir e ler os relatos deles.

Resolvi fazer isso esses dias também, retomando o meu pique da época de universidade, em que a correria era grande e eu conseguia acompanhar. Hoje o cansaço e a preguiça falam mais altos, acabo por limitar minhas obrigações, que, por isso, tem se acumulado cada vez mais. É hora de retomar tudo e dar cabo das coisas. Trabalho e descanso são bons, é preciso encontrar um equilíbrio para mim nisso tudo. Espero um dia achar, mas é enroscado consegui-lo.

quinta-feira, junho 15, 2006

Onde está o Herrero?


Você consegue me identificar, por acaso, nesta foto? Na verdade, nem é tão difícil, principalmente para quem já viu alguma outra foto minha. Faz tempo já esta foto, foi em dezembro de 2004, quando eu e um fotógrafo da produtora fomos na Rua 25 de Março, maior centro comercial (e informal) de São Paulo, atrás de material para fazer uma reportagem sobre as vendas de Natal e do fim daquele ano.

Foi um dia bem bacana, difícil para conseguir falar com os ambulantes, sempre arredios com jornalistas ou qualquer pessoa que pergunta a eles alguma coisa. Devido a essa complicação, resolvi entrar nessa loja da foto para ver o volume de vendas, etc., já que o movimento era intenso, como fica fácil de ver na imagem acima.

Momentos assim são bem interessantes, de contato com o público, entrevistas, observar as pessoas, sentir o medo e o frio na barriga de abordar alguém. Tenho grandes dificuldades nessas situações. Mas o bom é que sempre consigo me arrumar. É só não deixar a preguiça me pegar que dá jeito.

Até por isso, creio que o principal problema do jornalista é a preguiça, que sempre tenta impedir que um bom trabalho seja feito. Nessas horas que é importante ser forte, manter suas posições firmes e ir com tudo atrás do que precisa ser feito.

quarta-feira, junho 14, 2006

Ainda sobre a torcida...

Ainda falando da peculiaridade de um dia de jogo da Seleção Brasileira, percebi alguns outros detalhes interessantes no caminho de volta para casa, por volta das 19h. Primeiro, que nas ruas próximas do meu trabalho havia poucos carros, dava para atravessar avenidas largas e cheias com muita tranqüilidade.

O ônibus foi sem problemas também. O metrô, então, estava quase vazio. Impressionante para o horário, que ainda deveria estar bem cheio. Nem quando passou pela estação Paraíso o vagão lotou.

Quando o metrô passou na ponte entre as estações Conceição e São Judas, deu para ver as vias abaixo dela com muito poucos carros e caminhões. Detalhe que esta via é a Rodovia dos Bandeirantes, uma das mais movimentadas e engarrafadas da cidade.

Nas estações do metrô, muita buzina, corneta, gritaria e festa pela vitória do Brasil. Todo mundo de camisa amarela, comentando o jogo, falando sobre ter assistido o jogo no trabalho, ou da festa no Vale do Anhangabaú, que teve até telão lá também. Interessante perceber o clima de fim e noite ao chegar no meu bairro, fim de feira mesmo.

terça-feira, junho 13, 2006

Um pouco de Copa do Mundo (e mais desculpas)

Nossa, quanto tempo que não escrevo nada aqui. Me desculpe pelo sumiço, mas as coisas estão corridas essa semana e foram um pouco complicadas no fim de semana. A Copa do Mundo também ajudou a encurtar meus horários no sábado e no domingo, além de um pepino particular, mas isso não vem ao caso. Pena que não consigo acompanhar os jogos da Copa durante a semana, sei que perdi um jogão ontem à tarde entre República Tcheca x Estados Unidos. Mais pelos tchecos que fizeram grande exibição, segundo relatos que li de jornalistas. Na hora da partida estava fazendo prova escrita do Detran, para tirar carta de motorista, isso mesmo.

Escrevo estas linhas aqui da produtora, pouco menos de uma hora do fim do jogo entre Brasil e Croácia. Que coisinha feia que foi. Nossa! Eu já esperava pouca coisa, pois estréia é sempre complicada, os jogadores não conseguem se soltar, a marcação prevalece e a criatividade fica escondida. É só pegar a maioria dos jogos da Copa até então para notar isso – vi hoje boa parte do primeiro tempo de França x Suíça durante meu almoço, nossa, que coisa horrível!

O nível técnico da competição é fraco, mas é normal, não se trata de um torneio exibição. Por mais que os melhores joguem, todos querem ganhar e o que permanece (isso mesmo) é a busca pelo resultado, acima de tudo. No mínimo, é isso que o Parreira vai falar na entrevista coletiva. O Felipão disse a mesma coisa: “O importante é vencermos, só faltam 6 agora para sermos campeões”, disse, imitando Zagallo em 1998. Não ganhou, duvido que Portugal ganhe também.

Mas nessa, quem sofre é o torcedor, que vê cada partidinha. Jogo de várzea é mais emocionante. A única coisa que segura é a mística da Copa do Mundo. Mas tudo bem, alguns confrontos são interessantes e o que esperam todos é que nas próximas rodadas a coisa flua um pouco melhor. Mas nada que encha os olhos. O futebol de competição fala mais alto na era dos resultados.

Instantes pré-jogo

Engraçado foi ver todo mundo com camisa amarela, bandeira, apito, e todo o tipo de parafernália, andando pelas ruas com orgulho, porque o Brasil ia jogar. A única coisa que orgulha o brasileiro é o futebol, talvez isso explique seu patriotismo de beira de gramado. A cidade realmente pára. Conversei com o desenvolvedor do site do padre Marcelo que mora em Curitiba e me disse que parecia toque de recolher às 15h na capital paranaense. Não tinha uma viva alma. Incrível mesmo.

E pra me fazer inveja, ainda me fala que estava tomando uma cerveja em casa, esperando pelo jogo. Raiva! E eu aqui, sóbrio. Tanto que agitei com alguns “canão” da empresa e, dez minutos antes de começar o jogo contra a Croácia, fomos eu e mais dois na padaria tomar uma Skol em lata, só para animar, pois assistir seleção sem cerveja é sacanagem.

O foda é que nesses momentos todo mundo faz qualquer coisa: uma mulher com sua pick-up quase me atropelou ao passar o farol vermelho, vai ver que era pra não perder o jogo. A esposa do meu chefe foi assaltada durante a partida, levaram carro, bolsa, celular, enfim, tudo... E assim continuamos no país do futebol, do roubo e do jeitinho. Mas deixa pra lá, não vou tocar muito nesse assunto para que eu não pareça chato demais. Vou aprofundar esse tema brevemente num artigo. Aí eu passo o link aqui e quem quiser pode saber melhor minha opinião e discutir comigo o que quiser.

Aqui no trabalho foi uma bagunça generalizada. Telão colocado no estúdio, suco, refrigerante, pipoca, salgados e muito barulho com buzinas de todo o tipo, apitos, etc. Foi divertido, gritaria total, mas prefiro ficar em casa, vendo com calma, analisando, tomando uma cerveja, de bermudão, descalço e sem camisa. Muito melhor. O segundo jogo, contra a Austrália, como é domingo, devo assistir na casa dos meus amigos Fabiana e Christian, vamos ver se dá certo porque esse troço ta um rolo... Mas sei que o terceiro jogo, na quinta-feira da semana que vem, contra o Japão, eu vou assistir em casa: eu, meu pai, a televisão, o sofá e as cervejas!!!

Ps: pelo menos ninguém pode reclamar que eu escrevo poucas linhas, quando escrevo aqui... rsrsrs...

sábado, junho 10, 2006

Copa do Mundo!

Como a Copa do Mundo já começou, nada melhor do que falar dela. Escrevi uma rtigo no papo de Bola a respeito. É só cliar aqui: http://www.papodebola.com.br/rodrigoherrero/20060609.htm.

Tô meio distante, ontem tava na correria e agora com a Copa, tô acompanhando tudo, não perdi um jogo, além dos filmes que tenho visto com os canais da Net, já viu né, começo é sempre assim... fui dormir tarde ontem... Então, até eu me acostumar com tudo... rsrsrs... Logo mais tô por aqui, até!

quinta-feira, junho 08, 2006

Um disco à frente de sua época

Está tocando “Vento no Litoral” aqui no computador. O bom aqui da produtora é que posso ouvir música. Tenho direito até a fone de ouvido. Realmente, isso facilita e muito meu trabalho, pois só consigo encontrar concentração bacana para escrever com som dentro do ouvido.

Como essa canção é calma, uma das mais viajantes que foram feitas pela Legião urbana. Se bem que o disco todo é assim. O muito pouco famoso V, lançado em 1991 e com pouco alarde, porque tem músicas quilométricas, 10 minutos, 7 minutos, 5 minutos de bate-estaca lento.

É legal quando, numa entrevista, o Renato Russo falava: “É para ter 11 minutos mesmo. Depois é para ter 4 minutos de instrumental. E depois vem 7 minutos de ‘tum tchá’. A gente queria passar o tédio que estávamos sentindo”, mostrando que era tudo planejado e que conseguiram o objetivo, mas de uma forma bacana, porque, apesar da “preguiça” que a banda afirmava quando do lançamento do disco, o trabalho foi muito bem feito e bebe, até se embriagar, no rock progressivo.

As guitarras estão mais para acompanhar a coisa, que se centra mais no violão, nos teclados, em barulhinhos de bateria, muito mais do que o kit completo da mesma. Sem baixista, contrataram Bruno Araújo, o que esconde um pouco o instrumento. Mesmo assim, em “O Mundo Anda Tão Complicado” e na parte pesada de “Metal Contra as Nuvens”, o sonzão do baixo aparece bastante e é muito gostoso.

Aliás, a parte pesada de “Metal” é uma das melhores que a Legião já fez, tem uma pegada heavy metal, que faz jus ao trocadilho do título da música. Sim, trocadilho, mas não me pergunte qual, pois eu não entendi quando o Renato Russo falou uma vez sobre. Falando em peso, a outra canção que é pesada é L’age D’or, que beleza de música! Guitarras rasgadas, parece que o Dado Villa-Lobos teve um momento de inspiração e jogou tudo nessa música. E ficou bem legal. Mais ainda com a letra: “Aprendi a esperar, mas não tenho mais certeza. Agora que estou bem, tão pouca coisa me interessa. Contra a minha própria vontade, sou teimoso, sincero. Insisto em ter vontade própria”.

E o verso dos mais interessantes que eu já vi: “Se a sorte foi um dia alheio ao meu sustento, não houve harmonia entre ação e pensamento”. Já vi discussões a respeito, de que o Renato Russo teria pegado essa frase em algum lugar muito antigo, porque a simetria dela seria fantástica, perfeita. Ele tendo retirado de outro local ou não, o fato é que se você notar a ligação de rimas dela, não entendo muito disso, mas sei que a sonoridade dela é singular. É só prestar atenção, a palavra “dia” com “harmonia”, “sustento” com pensamento”, tudo cantado num ritmo bem seqüenciado. Depois dá uma paradinha brusca para entrar o novo verso, muito legal! Depois vem:“Estamos em perigo, só que ainda não entendo é que tudo faz sentido. E não sei mais se é só questão de sorte”. Pronto, pra mim já mata aqui. Engraçado que esse disco foi achincalhado aos quatro ventos pela crítica, disseram que a banda havia acabado para a música, etc.

Todos esperavam um As Quatro Estações – Volume 2, com todos aqueles hits que encheram as rádios brasileiras em 1990 - o disco todo tocou nas FMs e AMs tupiniquins. Mas não. A Legião Urbana e principalmente Renato Russo, eram diferentes. Não faziam para agradar, faziam porque queria fazer e aquilo que gostavam. Por isso conquistou tantos fãs. Nunca se importou com vendagens e etc. Também nunca precisou né? Sempre vendeu aos borbotões. Mas com essa postura independente, facilitou bastante.

Bandas que fogem do cômodo acabam sofrendo a recusa da mídia de massa. Outra banda que gosto muito, The Smashing Pumpkins, também sofreu isso, lançando um CD quase eletrônico (chamado Adore), depois de lançar o álbum duplo mais vendido na história, chamado Mellon Collie and The Infinite Sadness. Contudo, quem percebe o quão valioso é cada trabalho (casos do V e do Adore) nota que o álbum diz muito mais do que os analistas e público rasos conseguem perceber.

Se no caso do Adore o CD tem coisas maravilhosas, com letras magníficas e arranjos interessantes para algumas músicas (já que a banda, àquela época, estava sem baterista fixo), mostrando que tentava fazer algo à frente daquele tempo, o V é, para mim, uma verdadeira obra-prima, a mais bem elaborada pela Legião Urbana ao longo de sua existência. A que mais ousou, buscou fugir do comum, tentou outro caminho, quis ser algo a mais da mediocridade de nosso rock brasileiro. Nem todos entendem isso. A História mostra que muitos artistas (pintores, músicos) só foram reconhecidos depois de muitos anos de sua morte. Quem sabe essa reparação não acontece daqui há alguns anos?

quarta-feira, junho 07, 2006

Por hoje é só, pe-pe-pessoal!

Como ontem eu bloguei demais, hoje vou ficar só num post curto, informando que tem coluna nova minha lá no Papao de Bola. Escrevi sobre o amistoso do Brasil contra a Nova Zelândia. Quem qiser olhar é só clicar aqui.

Apenas posso dizer que ontem vi boa parte do filme A Cruzada (ontem instalarama Net em casa, que alegria!!!) e achei bem interessante. Fora isso, meus ombros sentem cada dia mais os exercícios e que estou com sono. Acordei muito cedo hoje. E tenho um loooongo dia, com trabalho, natação e aula de pós-graduação. Espero que a minha preguiça agüente esse tranco todo. Até mais.

terça-feira, junho 06, 2006

Memórias de um Tri Campeão



Esse negócio de blog vicia de verdade. Bem que a Soninha tinha dito. Até mandei um comentário no blog dela falando a respeito. Caramba, fico o tempo inteiro pensando o que postar aqui. Tenho que parar, pois tenho muito trabalho por fazer. Rsrsrs...

Essa foto (tirada por uma gentil desconhecida), com minha cara de bobo que também revela exaustão, é do dia 20 de dezembro, quando o São Paulo voltou do Japão com o tri-mundial. E quem viu na televisão sabe a loucura que foi: a cidade toda parada, trio elétrico acompanhado por milhares de torcedores, que depois encheram as numeradas do Morumbi para saudar os verdadeiros heróis. E eu segui boa parte do trajeto, pelo menos da Estação da Luz até a Avenida 23 de maio, numa volta de mais de 3 horas.

Foi épico. Tirando fotos com a minha maquininha simples (preciso comprar uma digital, decente, urgentemente!), enrolado numa bandeira (adquirida no dia da vitória de um camelô na Zona Norte, onde fui comemorar o título junto com a torcida) e com a camisa do time debaixo dela. Foi um dia maravilhoso e desgastante, quase morri para acompanhar tudo. Depois de andar pelas ruas do centro fui até o Morumbi ainda, que pique!

Inesquecível

Os dias que antecederam a participação do São Paulo no Mundial, os dias dos jogos (eu passei as duas madrugadas acordado boa parte, vendo fitas e dvds das campanhas do tricolor nos mundiais e na última Libertadores, numa espécie de mandinga pra dar sorte), a angústia da finalíssima contra o Liverpool, que tomamos sufoco de tudo quanto foi jeito (só quem é são-paulino sentiu cada segundo daquela partida, cada jogada, cada apito, impedimento, gol invalidado, na pele), a festa em tom de desabafo após o apito final (afinal, depois de tanta pressão), a alegria estampada nas ruas, a chegada da delegação, o carnaval fora de época numa das maiories cidades do mundo e etc., etc., etc. (melhor parar né?), tudo que vivi naqueles dias ficará marcado para todo o sempre em minha memória e em meu coração.

Nunca mais vou viver algo como aquilo, nem daquela forma. Nem se o São Paulo for tetra mundial este ano (o que duvido muito). Foi algo único, que poucos conseguem ter. Só de descrever isso neste momento sinto uma sensação forte, uma grande emoção, ao lembrar aqueles dias maravilhosos. Acabei por me alongar, apra variar. Mas queria apenas compartilhar com vocês isto. Saudações Tricolores.

São Paulo - Tri Campeão Mundial de Futebol - 1992-1993-2005.

"Carnavaleando"



Olha só! Eu não sabia que dava para postar fotos aqui no blogger.com. Uhuuu! Comecei a ver o blog da Soninha, que já mencionei aqui, cheio de fotos lá da Alemanha, na cobertura da Copa do Mundo e fiquei pensando se não tinha algo semelhante aqui - olha só como a "inveja" pode fazer coisas produtivas também. Bom, pelo menos quem ler este blog não se cansa de ver só texto, verá um pouco de foto também.

Como eu não tinha muita idéia do que estrear aqui de foto, então vai uma tirada em fevereiro deste ano pelo fotógrafo do site do padre Marcelo ( meu camarada Junior) do Herrero aqui trabalhando durante o "Carnaval de Jesus" que o padre faz todos os anos, correndo com o trio elétrico nas redondezas do Santuário Terço Bizantino.

Apesar de eu não estar lá muito contente por ter que fazer esta cobertura, posso garantir que o dia foi bastante divertido! Principalmente quando tínhamos que abaixar por causa dos fios de alta tensão, o que era a cada quase 5 metros. rsrsrs... E uma coisa não posso negar: o padre Marcelo gosta duma festa que é uma beleza! E como tinha gente naquele dia. Brasileiro gosta duma farra...

Experiência aquática

Como eu prometi ontem, vou contar sobre minha aventura aquática. Ontem fui, pela primeira vez, no Sesc Consolação (clube dos comerciários situado na região central de SP) para utilizar sua piscina. Sim, isso mesmo! Esse Sesc eu já conhecia da época do meu primeiro emprego, quando era office-boy e minha empresa prestava serviço para eles. Mas agora fui como usuário mesmo.

Lá é bem bacana, tem um vestiário bem organizado, com chuveiro de água quente antes de entrar na água. Estava tendo aula de hidroginástica numa parte da piscina; no meio eram as raias para os nadadores e no outro canto, onde eu me encontrava, era para quem queria apenas relaxar, mergulhar ou fazer algum exercício mais leve. A profundidade da piscina é pouca, máximo de 1,53m e mínimo de 1,29m. Mesmo assim, curti demais.

Pode parecer idiotice eu relatar isso, mas é que para mim é muito importante, pois, como sou um sedentário de marca maior, o fato de eu deslocar parte do meu tempo num dia para relaxar numa piscina aquecida já é, para mim, um ato grandioso.

E agora será assim sempre: as segundas e quartas-feiras, antes da aula da pós-graduação, eu saio mais cedo da produtora e passo até uma hora por lá, relaxando, descansando, pensando em absolutamente nada. Pena que meus ombros não me deixam nadar, dói pra caramba quando eu forço a braçada. Mas tudo bem, eu já estar lá ta ótimo.

E foi tão bom que eu saí do clube nas nuvens, com o corpo bem relaxado. Tanto é verdade que até passei dos limites durante a aula, pois quase dormi várias vezes. Contudo, o conteúdo que o professor trouxe e a forma dele explicar são muito boas, o que me obrigou a ficar e prestar mais atenção. Fiz bem.

É, tenho tomado vergonha na cara para cuidar mais de mim. Sábado comecei a caminhar numa praça que tem aqui perto de casa. Foi gostoso àbeça. Todos os fins de semana estarei lá, espero conseguir manter isso. Em breve uma amiga vai me acompanhar nas caminhadas, ela está terminando um tratamento dentário bem complicado. Depois disso ela vai participar.

É bom. Já tenho atividade em quatro dias da semana. Só falta agora eu entrar numa academia. Mas isso depende do ortopedista me liberar para fazer exercícios nos ombros também neste ambiente. E isso deverá levar um tempo ainda. Mas já estou contente com as caminhadas e, principalmente, com meu retorno às piscinas. Gosto de água por demais, sou um verdadeiro rato d’água.

segunda-feira, junho 05, 2006

Dia corrido (Excusas)

Depois de um fim de semana calmo como uma nuvem branca num dia de sol, a semana começou pauleira como uma canção heavy metal ou um dilúvio paulistano, que costuma alagar a cidade. Muitas coisas para resolver no trabalho e pendências pessoais no meio de tudo. Enfim, uma bagunça. Ainda bem que consegui resolver tudo e uma das últimas coisas que tenho para fazer antes de ir embora é justamente deixar um “oi” aqui para o blog.

Daqui já parto para uma nova experiência, digamos, aquática (se tudo der certo eu trago um relato amanhã para cá), e ainda tenho aula de “América Latina” hoje na pós-graduação. Ainda tenho que passar na copiadora e xerocar uns textos dessa disciplina. Não tenho nada da matéria e os temas são bem interessantes, é quase uma obrigação eu xerocar os textos.

É que esta aula começou recentemente, neste semestre tive Metodologia, que é dividida com América Latina, e Teoria das Relações Internacionais, que dura o semestre inteiro. Preciso me interar com a coisa toda, porque meu projeto de finalização do curso envolve América Latina. Até já conversei com o professor sobre isso, mas preciso retomar os estudos, apontamentos, pensamentos, análises, livros. Começar do zero.

Falando em começar, iniciei hoje a leitura de Os Sertões, de Euclides da Cunha. Imbricado o texto, mas vou insistir para ver se consigo chegar na parte que quero que é o relato sobre a guerra de Canudos. O começo são apenas descrições geográficas, topográficas. Interessante para compreender o todo, mas um saco de ler. Temos, porém, que entender – e respeitar - os mestres da literatura. Obrigado a minha amiga Fabiana pelo empréstimo desse livro, que é do pai dela.

Uma breve introdução (gosto de pôr intertítulos às vezes)

Eu queria comentar alguns assuntos que refleti a partir de conversas com amigos nesse fim de semana, mas como o tempo está escasso hoje, se der certo amanhã eu tento entabular um raciocínio a respeito.

Até porque, eu achei muito interessante algo que ouvi num dia e, no seguinte, ouvi a pessoa praticamente – com outras palavras – desdizer o que havia dito no dia regresso. É interessante, mas chega a ser revoltante, ao mesmo tempo. Ainda bem que sou vacinado e, agora, perceptivo para enxergar nas entrelinhas desse modo. Antes tinha certa dificuldade, mas acho que estou desenvolvendo isso aos poucos. Tive essa boa lição de que estou no caminho certo.

Pena que outras pessoas não. Alguns preferem acreditar em teorias e viver coisas diferentes na prática. Tudo bem, eu também sou assim, afinal, sou comunista, não? Ora,s é possível ser comunista nos dias de hoje? Todo dia me pergunto isso. Mas, voltando ao tema em questão, é o que eu sempre falo para as pessoas, até em tom de desdém quando critico alguma crença: cada um acredita no que quer. E agora completo: se quiser mentir para si mesmo, quem sou eu para questionar? Azar. Não meu.

domingo, junho 04, 2006

Coluna nova no Papo de Bola

Tem coluna nova lá no Papo de Bola - O Site. Falo sobre a cobertura da imprensa brasileira na preparação da Seleção do Brasil na Suiça: enquanto uns tentam desestabilizar o ambiente do grupo, outros defendem com unhas e dentes a delegação.

Enfim, um banho de não-jornalismo em terras européias, quando a objetividade da informação deveria ser privilegiada. Para ler sobre o assunto é só acessar o link da coluna: http://www.papodebola.com.br/rodrigoherrero/20060603.htm.

Boa leitura! Opiniões são bem-vindas!

sábado, junho 03, 2006

Poesia de momento

Estou passando de forma ligeira por aqui, já que a internet de casa é agora utilizada via linha de telefone do meu pai. Vou rachar com ele a conta e aposentarei a minha linha especial para a rede mundial de computadores. Melhor assim. Bem, nem vou cancelar porque minha mãe decidiu ficar com ela, mas não gastarei mais um tostão com assinatura da Telefonica, que não religa o seu telefone, depois que você regulariza a situação. Incrível.

Mas, enfim, estou aqui só apra postar uma poesia que escrevi no último dia 21, daquelas poucas que saem ultimamente, de uma vez, sem pestanejar, junto com os sentimentos, sensações, dores, alegrias, tristezas, emoções apenas. Lembranças de um tempo bacana e que tem retornado agora, com alguns pequenos incômodos, que, acredito eu, já estão sendo superados. Afinal, a vida é para ser vivida em felicidade plena, pelo menos na maioria dos momentos e, principalmente, com as pessoas que gostamos. E isso eu tenho de sobra, apesar de não namorar hoje. Tenho amigos e minha família, e isso para mim, neste instante, é suficiente. Por isso, essa "poesia" é mais um desabafo de momento, que eu espero que já esteja resolvido aqui dentro. Boa leitura e bom sábado e domingo a todos!

O fim da era da inocência

Lembro da primeira vez em que você me deixou
Descuidado, abri meus sentimentos para desafogar o coração
Em troca, recebi um esperado não. E um “adeus” breve.

Agora estou aqui, sentado de frente para a janela
Vejo as ruas vazias, à espera de algum acontecimento
Desesperadamente, o tédio e a angústia me consomem
Todo fim de semana é esse o meu calvário pagão.

O desejo perturba a minha cabeça de uma forma descomunal
Chego a querer forçar alguma situação. Mas o racional me traz à realidade
Minha mente fica embaralhada e não consigo entender o que acontece
Talvez eu apenas queira compreender o que sinto.

Eternamente jovens, alguém escreveu uma vez
É mais fácil permanecermos eternamente cegos
Pelo menos, ainda posso acreditar que o encanto possa vir um dia
E trazer essa doce ilusão de que seremos para sempre uma só vida.

Porque quando eu estou com você
Nada sossega no meu espírito
Pareço me mover com uma pedra nas costas
E eu não sei exatamente explicar o que isto significa
Apenas sei que a paz se afasta de mim quando você se aproxima
Mas eu não sei se quero você distante
Apenas gostaria de poder conciliar as duas coisas
Para que possamos ser felizes, mesmo separados. Unidos.

A primeira vez que me vi percebi que eu era apenas uma criança
A chorar pelas ruas, perdida, sem rumo, querendo um abraço
Hoje me vejo trancado na eternidade de meus pensamentos e lembranças
De meu trabalho e de minha insignificância perante o mundo.

Hoje me movo com pressa no meio das estrelas escuras, opacas
Grito no vazio do tempo uma chance de ter seu encanto, algum encanto
Que me enfeitice e me faça esquecer tudo. Atenuar essa dor.
Espero não sei o quê acontecer para tudo mudar. Vai adiantar?

Já pensei várias vezes em ir embora desse lugar
Mas alguma força que desconheço me prende aqui
Talvez você. Ou quem sabe meu medo de explorar novos mundos
Engraçado, acabei de pensar que talvez isso tenha algum significado agora.

Não faz mais sentido eu permanecer com minha história estagnada
Não há porquê ficar num lugar que confunde minhas sensações
Que incomoda meu coração e eu não entendo o porquê
Apesar dos laços forçarem minha estada, pode ser a hora da partida.

Porque quando eu estou perto de você
Sinto que mais nada importa para mim
Mas também sei que sentimentos são coisas vazias
Mas também sei que sentimentos são coisas vazias
Mas também sei que sentimentos são coisas vazias
Perdidas, quando não se tem alguém para compartilhar.

sexta-feira, junho 02, 2006

Fim de semana

E mais um fim de semana se aproxima. Desta vez, porém, as perspectivas são poucas. Isto significa que deverei passar as 48 horas mais esperadas da semana em casa. Melhor assim. To precisando recarregar as energias, a semana passada foi muito desgastante e o fim de semana também, dormi pouco, o que acarretou eu ficar cansado esta semana toda. Aliando-se a isto as aulas teóricas de CFC para tirar carta de motorista e agora a fisioterapia nos dois ombros, tenho acordado muito cedo e chegado bem tarde em casa, o que sobra pouco tempo para pensar e dormir.

Quarta mesmo eu tive minha última aula de CFC, trabalhei o dia todo e ainda fui no Morumbi acompanhar a vitória do São Paulo em cima do tricolor carioca. Somos líderes. Até domingo. Mas tudo bem. Cheguei em casa 1 da manhã (isso porque tomei uma lotação na porta do estádio por 5 reais até o Terminal Bandeira - centro da cidade - e ainda consegui pegar o metrô aberto) e tive que acordar 6 e pouco para ir na fisioterapia, lá na rua Itapeva, perto da Av. Paulista.

Sorte que a sessão de exercícios foi mais curta (sem choques e calor nos ombros), o que deu para chegar cedo na produtora que trabalho, o que também proporcionou eu sair mais cedo. Depois de chegar em casa, tomar banho, enrolar um pouco, falar por telefone com minha amiga Daiane e minha irmã Viviane, 8 da noite e eu já estava deitado, ouvindo o disco Siamese Dream, dos The Smashing Pumpkins, enfim, dormindo como um bebê. Para acordar esta sexta as 6 e começar tudo de novo.

Porém, um novo fim de semana se aproxima e as possibilidades são nulas. Ainda bem. Estou afim mesmo de ficar em casa em companhia dos meus pais, assistindo futebol, comendo, pensando na vida, escrevendo despreocupadamente um pouquinho porque não sou de ferro. Enfim, relaxando mesmo, para retomar toda minha força brevemente. Agora são 4 da tarde, é hora de ir, pois hoje a noite tem pizza na casa da minha irmã. Mas antes disso, preciso responder 62 emails de leitores do site do padre Marcelo Rossi. Esse contato é bem legal, mas cansa responder tanto email. Então, boa sorte para mim. Rsrsrs...

quinta-feira, junho 01, 2006

Estamos por aqui

Como é bom estar de volta a este blog. Depois de passar um longo tempo sem atualizar por falta de tempo e assunto, acabei trocando minha senha no Blogger.com e, para meu infortúnio, a esqueci e fiquei sem acesso ao administrador de meus blogs. Depois de alguns problemas com o Blogger.com (eles não tem um sistema de ajuda no Brasil, o que obriga o blogueiro a escrever em inglês ou arrumar um bom tradutor para se comunicar; ainda bem que eles mesmos indicam um, o do Google, que é bão mesmo), finalmente consegui o acesso a meus queridos blogs, isto é, tanto este quanto o Texto, Artigo, Poesia, Etc., que está parado e deve permanecê-lo assim por mais algum tempo, pois, sinceramente, não sei mais o que fazer com ele. Tudo porque eu não tenho mais aquele tempo de quando o inaugurei (em julho de 2002), quando eu escrevi uma poesia por dia e um texto dia sim, dia não.

Tá, eu continuo escrevendo quase nessa proporção, excetuando-se as poesias, que são cada vez mais raras, mas os textos estão mais direcionados: matérias jornalísticas gerais no Site do Padre Marcelo Rossi, textos culturais no Rabisco (que são dois, ainda por cima, pois lá tenho também uma coluna), artigo futebolístico no Papo de Bola (voltei a pipocar meus escritos por lá). Tem também a pós-graduação, com seus textos acadêmicos quilométricos que terei que fazer em breve e a sangria de conseguir tocar meu projeto de finalização do curso e iniciação de mestrado (sobre isso eu conto em detalhes noutra oportunidade).

Sem falar uns free-lancers que estou tentando com um amigo emplacar por aí, com reportagens mesmo, apuração de dados, entrevistas, o refino do jornalismo. Mas não estou botando muita fé nisto mais não. Vamos ver, quem sabe a coisa anda. É um tanto complicado e envolvem muitas coisas para o pouco tempo que dispomos, devido a nossas tarefas.

Por isso, eu resolvi retomar este Diários do Cotidiano, já que é uma coisa que eu tenho visto muito ultimamente, vários jornalistas escrevendo sobre seu cotidiano, opinando sobre as coisas, publicando o que vêem, sentem, ouvem, a respeito dos mais variados assuntos e das mais diversas formas. Conheço e gosto muito do Blog da Soninha, que mistura pessoal com opinativo pra caramba, e acho que é mais o meu perfil mesmo – sei lá, sou meio ególatra (ou perdido, querendo me entender) por querer falar de mim num blog. Claro, não sei se essa é a motivação da Soninha, longe disso querer criticar pessoa tão íntegra e bacana como ela. Mas sei que é o meu motivo! Rsrsrs...

Os demais são esportivos, casos do Juca Kfouri, Vitor Birner, Paulo Vinícius Coelho, etc. Além daqueles que abordam a Copa do Mundo, parece que virou moda todo mundo escrever “diário de Weggis” e coisas assim, numa referência à cidade suíça que a seleção brasileira se prepara para o torneio mundial na Alemanha.

De qualquer forma, cada vez mais na Internet eu vejo as pessoas com necessidade de se comunicar, de se fazerem ser notadas, não no sentido ruim de aparecer, mas no sentido positivo de mostrar o que possuem de bom e o que acreditam, por exemplo. E eu me encaixo nesse público, que sente que tem algo a dizer ou pelo menos quer passar isso para frente. Se vão querer ler ou não é outra história, mas pelo menos tenho vontade de soltar essa enxurrada de letras conformadas em palavras e frases para alguém ler e saber um pouco mais de mim. E eu poder ler no futuro e entender um pouco melhor quem sou, quem fui, porque sou assim ou assado, essas coisas.

Então, é isso, estou de volta e pretendo escrever com freqüência neste espaço, e sobre os mais diversos assuntos, já que eu escrevo sobre várias coisas em vários lugares mesmo, dá até pra eu fazer um mix aqui, das coisas que ficam de fora do que eu faço, e, até mesmo, trazer para todos um pouco do cotidiano e pensamentos deste escriba aqui. Um abraço a quem lê e espero que volte mais vezes, tanto você, quanto eu.