quarta-feira, dezembro 20, 2006

Férias

Amigos e amigas.

Fim de ano chegando, como diz um amigo, é hora de começar a meter o pé no freio. Poucas coisas a detalhar, os projetos ficaram ou vão ser construídos só em 2007. O que se tinha pra fazer já foi feito. O que não se conseguiu fazer, que se realize ano que vem. Faltam dois dias para as minhas merecidas férias. A empresa vai fechar dia 22 (sexta-feira), com a realização de um almoço de confraternização, e depois só volta às atividades 8 de janeiro (segunda). Ufa! Finalmente! Depois de dois anos terei férias novamente.

As últimas foram no início de 2005, logo após ter concluído a faculdade de Jornalismo. Eu estava o bagaço e, meio ao acaso, acabei indo pra Recife, visitar minha amiga Ana Lira e conhecer aquela linda cidade. Foram 13 dias muito legais que vivi naquela terra. Ano passado passei uma semana e pouco - a empresa também fechou - em casa. foi um tormento. Pior que trabalhar. Logo após dois, três dias, de descanso e alívio pelas férias, a falta de dinheiro pra viajar ou mesmo pra sair de casa tomou conta, junto com as obrigações e desafios de 2006, me deixando estressadíssimo.

E agora, fim de 2006, às portas de 2007, estou muito cansado, sentindo que preciso relaxar por alguns dias e refletir os próximos passos. Sexta-feira mesmo já parto em viagem. Vou pra Peruíbe, ficar uns dias com meu sobrinho, irmã e namorado dela. Depois parto pra Umuarama, interior do paraná, visitar minha amiga Adriana. De lá eu caio pra Curitiba para conhecer a cidade que nunca tive tempo de parar lá e visitá-la. Volto só dia 7. Isso mesmo. Vou ficar todos os dias das férias longe de casa. Pra me sentir distante e pertencido aonde moro, ter saudade daqui, e viver coisas diferentes, descansar e recarregar as baterias. Vai ser muito legal. É o que eu espero.

Até lá, estarei ausente dos meus blogs, sites, etc. Quero sossego! hehehe... Vou aproveitar para me desligar de tudo mesmo, pois 2006 foi extremamente desgastante e estressante. Mas assim que eu voltar começo a mandar umas fotos por aqui, pelo orkut, pra deixar vocês com inveja! hehehehe... Bem, é isso. De resto, que 2007 seja o melhor ano de nossas vidas.

Abraço forte a quem lê este blog.

domingo, dezembro 17, 2006

Expressão de sentimentos

Acabei de escrever uma poesia que representa bem o que eu (não) sinto nos últimos tempos. É uma verdade que vem bater à porta de minha cara de vez enquando e eu vivo dando de ombros, fechando a porta, deixando-a do lado de fora, enquanto me prendo aqui dentro e não consigo sair de mim. Sobre o título do post, ao menos numa poesia eu consigo expressar o que (não) sinto.

Aquilo que eu não sei fazer

Estou distante, de minha alma vazia
Eu não vejo mais horizonte
Minhas frustrações venceram a esperança
Parto num sentido em que não percebo mudança.

As coisas estão sempre no mesmo lugar
Os móveis partidos ao meio
Coração de um lado, razão de outro
O que estou fazendo dentro de mim?

Em frente à TV, meus sonhos conflitam no ar
Preso à parede de minhas desilusões
Eu não consigo alcançar aquilo que eu não sei fazer
Não há ninguém para segurar minha queda.

Nenhum lugar me satisfaz por muito tempo
Vou a outra direção, para sentir o mundo se mover
Nada mais prende minha atenção por mais de um minuto
Não busco nada, pois o nada é tudo o que me faz ver.

Não desejo o sentimento fugaz
Mas tudo que consigo é não me livrar da dor de não sentir dor
Há muito que nada sinto
Resisto e sinto que falta algo.

Eu fechei a porta para mim
Não consigo dormir. Não é insônia.
Só não quero perder meu tempo com os olhos fechados
E já é mais um dia de um tempo que resta pra gastar.

Em frente à TV, meus sonhos conflitam no ar
Preso à parede de minhas desilusões
Eu não consigo alcançar aquilo que eu não sei fazer
Não há ninguém para segurar a minha queda.

Dormindo na dor de um você inexistente
Fecho os olhos para não notar que nada está diferente
Quanto tempo se passou e tudo que mudou foram os anos?
Só sobrou a fria certeza dos falhos planos?

Nunca mais, não, nunca mais, não
Pra onde vou?
Nunca mais, não, nunca mais, não vou partir
Pra onde vou?


17/12/2006 – 01h03

quarta-feira, dezembro 13, 2006

Você já tentou varrer a areia da praia?

Você já sorriu ao ver um pipa no céu cinza-chuva, depois de um dia de trabalho?

Você já sorriu ao ver um cachorrinho pequeno e simpático puxando seu dono?

Não sei porquê, mas a letra dos Titãs que vou colcoar abaixo serve para o momento de apreciarmos ou fazermos coisas.



Você já tentou varrer a areia da praia?
Já ficou no escuro ouvindo o canto da cigarra?
Já ficou no espelho rindo sozinho da sua cara?
Já dormiu sem ninguém num canto de rodoviária?
Já dormiu com alguém por migalha?
Você já tentou varrer a areia da praia?
Você já tentou varrer a areia da praia?
Já perdeu a hora quando o tempo pára?
Já gritou uma palavra até perder a fala?
Você já tentou varrer a areia da praia?
Já viu sumir a última estrela da madrugada?
Já ficou um dia, um mês, um ano sem fazer nada?
Já colocou todas as roupas do armário na mala?
A sua casa já desmoronou no meio da sala?
Você já tentou varrer a areia da praia?
Jamais alguma coisa já quis alguma coisa já?
Já quis demais alguma coisa já?
Já?
Já colocou todas as roupas do armário na mala?
A sua casa já desmoronou no meio da sala?
Você já tentou varrer a areia da praia?
Já quis demais alguma coisa já quis alguma coisa já?
Jamais quis alguma coisa já?
Já?

Canção cantada por Arnaldo Antunes (tinha que ser né?). Do disco Tudo Ao Mesmo Tempo Agora, de 1991.

domingo, dezembro 10, 2006

Para sempre...


Bem, não há muito o que dizer com uma foto desta. Apenas comentar como ela aconteceu. É, é o Dado Villa-Lobos sim. Este sábado que passou aconteceu o Amigo Secreto do Fã-Clube dos Filhos da Revolução de São Paulo. Eu não faço parte do fã-clube, mas participo da lista, e como sou macaco velho dessa coisa de fã-clube da Legião aqui em SP, acabo que tenho um maior contato com esse pessoal, que há muito é mais que colegas de lista ou qualquer coisa, estou lá por amizade e carinho que tenho por muitos e que muitos têm por mim. São amigos mesmo. Legionários. Parceiros.

Só que eu não mais poderia participar do encontro do amigo secreto porque pintara a oportunidade de ir a um Seminário de Jornalismo Esportivo, organizado pelo Comunique-se, com muitos caras do meio que eu curto e que poderiam acrescentar e muito na minha profissão. E eu fui. Só que precisava deixar comprado o presente, que era pra minha queridíssima Marcelle, santista da BS.

E aí, a Amanda, que organiza essas coisas todas de encontro, amigo secreto, e é minha amiga de muito tempo, sugeriu que eu comprasse o presente (um livro) e deixasse com ela para entregar no dia. Só que eu ainda não tinha comprado! Hehehe... E era quarta-feira. A Amanda, então, disse que estaria na quinta-feira na avenida Paulista (ela mora em Osasco, região metropolitana de SP), mais precisamente na livraria Fnac. Aí ela disse que estaria lá porque o Dado faria um pocket show. Eu achei legal, mas pouco me interessei. Pensei, “ah, qualquer coisa eu assisto, não sei”. Tanto que nem levei minha máquina fotográfica (essa foto é da máquina da Amanda).

Bem, fui, comprei o livro e aí ouvi alguém cantando “Geração Coca-Cola”. Fui ver na salinha que fica do lado do Café da livraria e era o Dado. Puxa! Tomei um susto! Eu que aguardava a Amanda chegar para entregar-lhe o livro, resolvi pegar a senha pra assistir ao show. Aí chegou a Fernanda, prima da Amanda, e, quase em cima da apresentação começar, meu amigão Sidnei, namorado da Amanda. E aí aconteceu.

Dado fez um show simples, acompanhado de outro violonista (fera!), e de um notebook que fazia as bases de bateria e demais efeitos. Foi muito legal. Ele tocou canções de seu projeto solo, além de duas covers, uma do Bob Dylan, e algumas da Legião, como “Um Dia Perfeito”, “Marcianos Invadem a Terra” (clássica essa!), “Eu Sei” e “Geração Coca-Cola”, que ele conseguiu errar a letra, preocupado com os acordes do violão: “me enrolei entre ré, sol”. Foi hilário! Mas foi bacana.

Depois dos 40 minutos de show, o Dado atendeu a todo mundo que lá estava, com fotos, autógrafos, palavras, etc. E, claro, atendeu a gente. Eu me enfiei logo ali, porque estava um pequeno tumulto, pedi pra Amanda se achegar para poder tirar a melhor foto e chamei o Dado, quando se livrara de outro fã. “Dado, pode tirar uma foto?”, perguntei. Ele sorriu e posou pra fotografia, eu abraçado a ele como podem todos ver. Agradeci, apertei sua mão e parabenizei pelo trabalho, meio bobo e envergonhado naquele lugar. O Sidnei ainda conseguiu um autógrafo para o fã-clube, além da foto com ele, que tiramos do seu celular e da máquina da Amanda.

No dia seguinte que fui me dar conta da importância da foto. A Legião Urbana foi a base da minha formação de rock e da minha formação humana, crítica, com suas letras e acordes indignados com as pessoas e o mundo. Foi e é influência pra muita gente, uma das maiores bandas de rock do país. E eu conheci o guitarrista desse trabalho magnífico!!! É, realmente difícil entender tudo isso, ou, como dizem, “a ficha ainda não caiu”.

Foi maravilhoso. Me senti uma adolescente ginasiana ao começar a sacar o que havia ocorrido. Realmente, a importância da foto e do momento é marcante e estará eterna aqui. Mesmo como jornalista, preciso abrir esse parênteses na minha vida e me permitir esse momento de fã, pois o ocorrido é o tipo da coisa fantástica que fica guardada pra sempre na mente e no coração.

quinta-feira, dezembro 07, 2006

Até que ponto podemos chegar?

Este post abaixo está no Blog da Soninhahttp://blogdasoninha.folha.blog.uol.com.br/

E a Folha de S. Paulo que me desculpe, mas abaixo do post eu vou pôr a tal reportagem que a Soninha comenta, porque é algo estarrecedor mesmo.

Não pode ser piorAgora não é brincadeira (o post de baixo é, e os títulos são parecidos).

O caso da mãe que foi acusada injustamente de matar a filha com cocaína é uma das coisas mais absurdas, inaceitáveis, imperdoáveis, estarrecedoras dos últimos tempos. Mesmo sabendo que, lamentavelmente, não deve ser um "fato isolado". Quem não conhece alguma barbaridade praticada em hospitais, pronto-socorros e presídios?A sucessão de abusos deveria levar a sociedade toda à mais profunda indignação. A pressões, manifestações, editoriais, faixas de protesto, luto generalizado. Quem se indignou com a quebra de sigilo do caseiro -- indefensável, claro! -- e escreveu laudas e mais laudas sobre o assunto tem a obrigação moral e cívica de manifestar seu repúdio agora também. De não deixar o assunto morrer. A quebra ilegal de sigilo derrubou um ministro; o caseiro foi homenageado na OAB. Pois os responsáveis pelas barbaridades cometidas contra a menina precisariam ser todos condenados pela Justiça; a mãe da menina que morreu, além de receber uma indenização (que jamais vai reparar os danos sofridos), tem de ser objeto de desagravo, de um pedido de perdão, de apoio e reparação até o fim da vida. (Para quem não conhece a história: a notícia da Folha, que esteve o dia todo destacada na capa do UOL, é esta: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff0612200617.htm. Só lendo para crer. A que ponto chega a insanidade? E a impunidade?).

Laudo inocenta mãe acusada de matar filha

Daniele foi acusada de colocar cocaína na mamadeira; ela foi libertada e diz que agora quer saber do que a filha morreu

O laudo definitivo do material colhido na boca e na mamadeira da criança divulgado anteontem negou o uso da droga

LAURA CAPRIGLIONEENVIADA ESPECIAL A TAUBATÉ (SP)

Foi colocada em liberdade ontem, depois de 37 dias de prisão, a jovem Daniele Toledo do Prado, 21, acusada injustamente de envenenar a própria filha, Victória Maria do Prado Iori Camargo, de apenas um ano e três meses, com cocaína colocada na mamadeira da menina.Laudo definitivo do Instituto de Criminalística provou que não era cocaína o pó branco encontrado na mamadeira. Também deu negativo para cocaína o exame feito no pó branco encontrado na boca da criança e recolhido no hospital.Caiu assim a única evidência que incriminava Daniele, um laudo provisório que a levou à prisão logo que constatada a morte clínica da menina, às 10h40 de 29 de outubro. O alvará de soltura foi concedido pelo juiz da Vara do Júri e da Infância e Juventude de Taubaté, Marco Antonio Montemor."Eu nem tinha ainda conseguido entender o que significava aquele pííííííííí do oxímetro [que indicava a ausência de pulso], a correria dos médicos para ressuscitá-la, o corpinho inerte da Victória ainda com o tubo saindo da boca, quando a doutora Érika me arrastou pelo braço para a sala onde estava minha filha, gritando: "Olha o que você fez, sua assassina. Encara o que você fez, monstro"."Dali, sem tempo para chorar a perda da filha, Daniele foi levada para a cadeia pública de Pindamonhangaba. "Joga o bicho da mamadeira para cá." Essa foi a senha para o início da surra que deixou Daniele com a mandíbula quebrada, hematomas no corpo e lesões na cabeça, por causa das pancadas contra as grades da cela. Nada menos do que 18 presas participaram da ação contra a jovem."Uma presa enfiou uma caneta no meu ouvido e já ia dar um soco para que entrasse até o talo, quando outra lhe pediu que não fizesse isso. Então, ela quebrou a caneta e metade ficou dentro", lembra Daniele. Apesar dos gritos, o socorro só chegou duas horas depois, ao amanhecer, quando a jovem foi levada inconsciente para o pronto-socorro.Doença estranhaDaniele e sua filha eram bem conhecidas no Hospital Universitário de Taubaté. A menininha tinha uma doença até hoje não diagnosticada, que a deixava inconsciente por várias horas. A criança tomava de quatro a cinco remédios diariamente, inclusive um para evitar convulsões, composto por pó branco. Por causa do agravamento de seu quadro clínico, os últimos quatro meses de vida de Victória foram um entra-e-sai do hospital, com várias internações na UTI.No dia 8 de outubro, a filha internada, Daniele foi estuprada dentro do hospital. Bastante machucada e em estado de choque, foi atendida lá mesmo. Segundo o delegado-seccional de Taubaté (130 km de SP), Roberto Martins de Barros, um laudo confirma a violência sexual. Na delegacia, Daniele acusou, como autor do crime, um quintanista de medicina, do corpo de residentes do hospital."Ele me ameaçava e dizia, enquanto me estuprava, que sabia que eu precisava do hospital para cuidar da minha filha", lembra Daniele.Depois da denúncia contra o residente, a moça teve de ir à delegacia outra vez, antes da morte da filha. Dia 19 de outubro, médicos do hospital denunciaram ter encontrado um pó branco suspeito no pescoço de Victória. Sem autorização da mãe, foram recolhidas amostras de sangue e de urina da criança. Suspeita: cocaína. O resultado deu negativo.A última alta de Victória foi no dia 25 de outubro. Mas a menina podia voltar a ter uma de suas crises a qualquer momento. Foi entregue a Daniele uma carta de encaminhamento assinada por duas médicas. Se o quadro clínico da menina piorasse, ela tinha autorização para ir diretamente ao Hospital Universitário.No dia 28, a criança teve nova crise e a mãe, como combinado, levou-a ao hospital. Não quiseram recebê-la. A mãe deveria levá-la primeiro ao Pronto-Socorro Municipal, onde chegou às 20h30.A mãe denuncia que, mesmo inconsciente, a criança ficou sem atendimento até as 4h25, quando recebeu glicose em soro. Nesse momento, foi coletada a substância branca da língua da criança (a mesma que o exame preliminar do Instituto de Criminalística afirmava ser cocaína). Às 10h40, Victória morreu.Assim que foi libertada, ontem, a mãe de Victória abraçou os familiares que a esperavam do lado de fora da Penitenciária de Tremembé (a 138 km de SP). Chorou e, depois, conforme havia pedido à advogada Gladiwa de Almeida Ribeiro, foi para o cemitério visitar o túmulo da menina.Ela pretende entrar na Justiça para saber se a filha morreu por omissão de socorro ou por morte natural. Também quer punir o estuprador que a vitimou. "Eu tenho o direito de saber exatamente do que a minha Victória morreu."

sábado, dezembro 02, 2006

Nuevas velhas

Opa, voltei a postar colunas no Papo de Bola. Me empolguei novamente. Só espero conseguir manter uma continuidade, com textos semanais, ao menos.

Vejam lá uma reflexão sobre a série C do Brasileirão.

http://www.papodebola.com.br/rodrigoherrero/20061130.htm.

E o Rabisco também tem edição nova. Finalmente, é a edição da Mostra de Cinema de São Paulo, com 1 mês de atraso. Ridículo. Mas, esse problemas só será resolvido quando tivermos uma troca em nossos quadros... Espero que ocorra logo! O site de quinzenal tá virando deveenquandonal, como diria o meu amigo prof. Juarez.

Se quiserem orelhar lá, à vontade. E digam o que acharam da cobertura da Mostra, eu participei dela!

www.rabisco.com.br.

Hoje tenho o casamento do Rawk e da June pr air, uhuuuu! Tô atrasado, tenho barba pra fazer ainda e banho a tomar. Deixa eu ir logo. Ao som de Humans Being, do Van Halen (aquela trilha do Tornado, sacam? muito foda) eu me despeço. Foste!