quinta-feira, janeiro 25, 2007

Lembranças de Peruíbe

















Essa foto foi tirada em Peruíbe e é mais uma do meu périplo de férias pelo litoral paulista. Foi no último dia lá, no dia seguinte embarcamos cedo pra São Paulo.

Digamos que foi o melhor dia, no que tange ao cenário, muito bonito, daquele local. Já tinha mais gente na praia, pois o pessoal desce para o litoral mais por causa do ano novo né, então o número de carros e transeuntes aumentou consideravelmente no último dia, lá em Peruíbe.

Foi o momento das férias que eu mais relaxei e mais pensei no futuro de 2007. Engraçado que, olhando agora para esse período, de nada adiantou as formulações que fiz naqueles dias nas águas daquele mar gostoso, porque muita coisa mudou no meu trabalho e eu nem sei o que vou fazer direito ainda. Só sei que vou ter muito mais o que fazer.

Bom, espero que seja pra melhor, caso não surja nenhuma outra proposta em outra empresa. Tô buscando, mandei currículos esta semana por e-mail e, semana que vem, quero mandar outros pelos Correios e vamos ver o que vai dar.

Por enquanto, reuniões e mais reuniões (ontem eu fui pra Curitiba numa correria danada) e desabafos do chefe, corte de pessoal e idéias para novos projetos e modificações na estrutura da empresa. Custos. É o que sempre causa tudo isso. Não? Enfim, deixa pra lá, diria "Angras dos Reis". Enquanto isso a gente curte mais uma foto da paisagem belíssima de Peruíbe, com seus morros, mares, areias, céus, nuvens, sóis, etc...



segunda-feira, janeiro 22, 2007

Angústia de uma viagem

Oi gente.

Abaixo envio uma poesia que escrevi durante a minha viagem de férias. Considerem que eu tinha acabado uma viagem de 9 horas de Umuarama até Curitiba, que estava cansado, com sono, há trocentos dias longe de casa, tendo há pouco me despedido de uma amiga querida, com a única certeza de que estaria sozinho numa cidade até então estranha pra mim, por mais alguns dias, um tanto quanto perdido, sem saber por onde andar, nem o hotel sabia onde estava.

E que, por mais que eu buscasse esquecer tudo e me concentrar no passeio, aquela manhã não me ia deixar sossegado, muito menos afastar a minha angústia, diante de uma rodoviária tão triste, de cenário tão desolador de despedidas e chegadas que virarão novos "adeus, adeus"...

Foi um momento deprimido dessa viagem maravilhosa que tive. Mas foi bacana, rendeu essa poesia que, ao menos parte dela, é bem legal e não chove tanto no molhado, apesar de no fim ter repetido um pouco o disco. Mas como eu queria, naquele momento, expressar tudo o que eu sentia, resolvi deixar e, praticamente, não editar o jorro confessional em forma de poesia.

Abraços.

Rodoviária

Sentado em um banco de rodoviária
Observo as pessoas que vem e vão
Sinto uma angústia bater fundo em meu peito
Só tenho a solidão para me acompanhar nessa cidade estranha.

Desconhecidos me olham com curiosidade enquanto escrevo
Mais um aviso de embarque chama o próximo ônibus
Com destino a lugar nenhum, com rumos que muitas vezes não desejamos
A voz metálica do alto-falante não pára de gritar para eu ir embora.

Pessoas caminham apressadas com suas malas
O céu mal se abriu e o cinza frio toma conta de tudo
Ainda é muito cedo e há nada o que ser feito
A não ser sentir a dor de ter deixado algo para trás
E de ter medo do que me espera pela frente.

A saudade é um sentimento inerente ao viajante
As horas passam. Não passam. Desespero. Mente distante.
Passadas em locais esquisitos, sono quebrado, chegada sem recepção
O lugar para perceber e sentir as mais diversas sensações é a rodoviária.

Desejamos voltar onde nunca fomos ou de onde não desejamos ter saído
Mas sei que tudo é fugaz, principalmente a felicidade
Enquanto que a dor, o tédio e a insatisfação persistem em durar mais tempo

Um nós insiste em apertar minha garganta
Já não há fé que me traga esperança
Tudo que tenho é a mim e essa cidade desconhecida
Longe de todos os que estimo, o que me resta é não desperdiçar essa viagem.

O que queremos perto poucas vezes temos
Precisamos conviver com o que não gostamos e aceitar o que não queremos
Mas eu queria só uma coisa agora:
Voltar a dormir no banco do ônibus e esperar essa dor passar.

Concluído às 6h36 de 02 de janeiro de 2007, na Rodoferroviária de Curitiba, Paraná.

segunda-feira, janeiro 15, 2007

Mais uma semana

Olá.

Bem, mais um começo de semana, um tanto quanto cansado já. É, esse fimd e semana eu passei boa parte dele num curso de Jornalismo On Line que fiz pelo Comunique-se, ou seja, fiquei sem folga. Sem contar que meus pais estão no litoral, deixando a casa toda pra mim, mas com roupa pra lavar, comida pra fazer, louça pra lavar, casa pra varrer, etc. Tá difícil.

Ontem tomei dez latas de Bohemia pra curtir o dia, foi bacana pacas, fiz macarrão pela primeira vez na vida. Mas é mole demais fazer. Foda é o molho. Peguei uma lata que tinha tomate sem pele, o molho er apouco. Fui pôr água, acabou aguado, hehehe... Mas não estava ruim não. Fritei uns filés de frango à milanesa e meti pra dentro. E

como tinha um manjar em pó (já viram isso?) no fundo armário, que veio com minha fabulosa cesta de Natal, resolvi fazê-lo. Era fácil, bastava tacar o conteúdo do pacote com meio litro de leite, mexer por um tempo até ferver, depois cozinhar a parada por 3 minutos e deixar umas 3 horas na geladeira. Tava gostoso que só. Hummm. Quando chegar em casa hoje vou comer mais. Pena que é pequenino, quase raso na fôrma. Mas tá tudo certo.

Bem, a semana começa forte, tô cheio de pendências aqui, além de depurar tudo que aprendi no curso pra usar no meu trabalho. Sem falar na academia, entro na segunda semana. É, pra quem num sabe, comecei a fazer academia. Em breve, Herrero fortão, aguardem meninas! hahaha...

Bem, é isso. Abaixo segue uma letra do último disco do Oasis. E tanto a música quanto a letra são fantásticas. A letra é muito engraçada e é uma espécie de ode à vagabundagem! hehehe... Não liguem pra tradução, que peguei da net. Às vezes os caras forçam muito pra seguir ao pé da letra o que a tradução quer dizer, então estranha um pouco. Até mais, pessoas! Ah, I guess I'm just lazy.... hehehe...

A Importância De Ser Inativo

Eu vendi minha alma pela segunda vez
Porque o homem não me paga
Eu implorei meu senhorio por mais um tempo
Ele disse: "filho, as contas estão esperando"
Meu melhor amigo me chamou ontem a noite
Ele disse: "homem - você é louco"
Minha namorada me disse para ganhar a vida
Ela disse: "garoto - você é preguiçoso"

Mas eu não me importo
Contanto que eu tenha uma cama abaixo das estrelas que brilham
Eu ficarei bem, se você me der um minuto
Eu tenho o meu limite
Eu não posso ganhar a vida se meu coração não está nessa.

Eu perdi a minha fé no verão,
Porque não pára de chover
O céu, todo dia, é tão escuro quanto a noite,
Mas não estou me queixando
Eu implorei a meu médico mais uma linha
Ele disse "filho - as palavras falham-me
Não é sua vez de matar tempo"
Acho que sou apenas preguiçoso

terça-feira, janeiro 09, 2007

Estou de volta!

Pessoal, eu voltei. Sim, é verdade, diria Thunderbird. Depois de duas semanas viajando por algumas cidades, aproveitando o tempo para descansar, pensar na vida, desligar do trabalho e do mundo, enfim, recarregar as baterias e voltar em alto astral total para enfrentar os desafios de 2007 que não são poucos.

Foram dias agradabilíssimos de descanso total que eu não tinha desde 2005, quando fui pra Recife visitar minha amiga jornalista Ana Lira. Passei cinco dias em Peruíbe, cidade situada no litoral sul de São Paulo, para quem não conhece. Lugar meio deserto, pelo menos no tempo que eu, meu sobrinho Lucas, minha irmã Viviane e seu namorado, Juarez, estivemos. Curti bastante a praia, o mar, a paisagem bonita do local (duplo sentido essa, hein? Hahaha), a piscina da colônia de férias, a cerveja...

Lá eu relaxei pra caramba, esqueci de tudo e pude colocar algumas coisas nos eixos na minha vida, principalmente profissional, quanto ao que eu devo fazer daqui pra frente. Um dia eu fiquei uma hora no mar sem ondas, água gelada pra danar, conversando comigo mesmo, refletindo pontos que eu achava importantes para seguir meu caminho. O mar sempre é uma terapia para mim. Por isso mesmo eu adoro estar com ele e necessito, de verdade, ao menos uma vez ao ano curtir um pouco aquilo tudo. Acho que todos precisam. Mas alguns não gostam, né, então.

Depois, no dia 27, peguei o ônibus rumo ao desconhecido: Umuarama, cidade situada a noroeste do Paraná, perto de Maringá. Lá que mora uma outra grande amiga minha, na verdade, uma irmãzinha minha, a Adriana. Eu falo pra mim mesmo que eu fui porque em outras oportunidades eu ia, mas acabava dando errado. Mas, sinceramente, eu tava com saudade da guria, que há muito não via direito, só ano passado que ela esteve onde o noivo morou em Sampa (e agora ta na Europa, grande Jean!), e aí um dia a gente se viu e foi no Museu do Ipiranga. Mas nem deu pra conversar muito. Então, essa visita à casa dela, foi superlegal e importante pro projeto, como Renato Russo gostava de dizer.

E a família dela foi muito legal, o pai dela, seu Pedro, a mãe dona Francisca, me acolheram na residência deles, nem deixaram eu ir para hotel, me trataram muito bem, tanto que me engordaram dois quilos de tanto que me empurraram comida! Hehehe... Mas eu não tenho do que reclamar, apenas agradecer por tudo. Além do Miloco e do Frank, amigos da Dri e gente bacana pra caramba. Quanto à cidade, realmente, não tem muito o que se fazer, mas foram mais momentos de tranqüilidade, calmaria, que eu precisava. Nada de agitação. Mas lá não pensei muito na minha vida, deixei rolar, fiquei mais quieto, percebendo o barulho dos pássaros, o canto da cigarra, brincando com os cachorros do irmão da Dri. Foi mais para rever uma amiga e curtir alguns dias de afastamento total de tudo, de todos, do mundo. E, olha, foi demais.

Depois do ano novo que lá passei (e eu gostei de Umu, como diz a Dri, porque lá o povo só toma Bohemia, ou seja, eu estava no paraíso) fui, no dia 2, para Curitiba, com o intuito de conhecer a cidade que eu tanto tinha curiosidade e admiração pelas histórias que ouvia e pelas duas vezes que fui de bate-volta, em reuniões que precisei aportar por aquelas bandas. Mas, confesso, quando desci do ônibus na rodoviária da capital paranaense bateu uma tristeza danada.

Claro né: passei 5 dias paparicado por um monte de gente, ao lado de uma amiga que gosto muito. Chego em Curitiba, sem nenhuma recepção, distante da família, amigos, casa, já há um bom tempo, ali foi um momento doído para mim. Juntou a saudade de casa com a tristeza de ter partido de onde estava (é horrível a sensação de não saber se verá novamente uma pessoa querida – isso, pois, a Dri deve ir para a Europa, já que o Jean está lá) e aí eu me afundei. Sem falar que rodoviária é uma das coisas mais depressivas e melancólicas que eu já vi na vida. Principalmente a de Curitiba, que tem um cenário um tanto quanto carrancudo.

Mas eu superei tudo isso e aproveitei alguns dias dos mais maravilhoso. Conheci o Jardim Botânico, vários parques, o Museu Oscar Niemeyer, a Arena da Baixada, estádio do Atlético Paranaense, enfim, passeei pra danar lá. E, também, tive a oportunidade de conhecer um cara muito bacana que é o Luiz Rebinski Junior, jornalista e colaborador do Rabisco. O guri é muito gente fina. Saímos pra tomar cerveja um dia e batemos muito papo. Parecíamos amigos de longa data, falando até de assuntos pessoais, de futebol, de música, do site...

Numa outra noite fui na casa dele tomar umas e conhecer um amigo dele e a sua noiva, já que eles vão se casar em março. Pessoal muito dez também, curtimos até tarde com petiscos, cerveja e whisky, quando a cerveja acabou. Cheguei no hotel as três da manhã. Estourado. E ainda tinha que acordar as 7 pra pegar um trem para uma cidadezinha que eu ia conhecer, descendo a serra do Paraná. E o fiz. Mas quase morri de cansaço na viagem. Hehehe...

No entanto, foi muito bom, curti demais. Pena que tudo acaba. Mas até que é bom, porque tudo recomeça e a vida é feita de expectativas, do que está por vir. Quando vêm, a gente aproveita, mas logo percebe que será efêmero e os momentos correm por entre os dedos. Aí é hora de novos planos, metas, objetivos, planejamentos, viagens, tudo para satisfazer nossa busca incessante pelo nosso bem-estar. E já estou preparando o próximo roteiro de viagem. Aguardem! Hehehe...

Bem, vou seguindo o bonde porque amanhã é um novo dia e as coisas estão ainda em marcha lenta no meu emprego.

Feliz 2007 para todos.

Um beijo.

Rodrigo.