terça-feira, agosto 15, 2006

A vida é uma repetição de acontecimentos...

Oi gente. Sumi mesmo. Desculpem. As coisas estão muito corridas para mim, estou sem tempo de externar meus sentimentos por aqui. Sinto que preciso de tempo para isso, mas, em contrapartida, não consigo escrever muita coisa, pois, se eu colocar de forma explícita o que tenho sentido nos últimos dias (toda a raiva, a tristeza, a frustração, a dor, etc.) as coisas, em vez de melhorarem, poderiam piorar, tornando ainda mais desagradável. Duma coisa eu sei: não quero mais voltar lá. Hoje foi a gota d'água.

Mas tudo bem, estou trabalhando, fazendo minhas coisas de sempre, não é o fim do mundo. E já que não posso escrever tudo o que eu desejo (e, se não posso fazer isso no meu blog, o que faço com ele? porque ainda o tenho?) mando uma letra escrita há quatro anos que poderia muito bem ter sido escrita hoje, excetuando-se as inocências de um coração puro e jovem de 20 anos (sim, no meu amadurecimento e endurecimento, quatro anos têm feito uma baita diferença) que sonha mais do que a ilusão que lhe é oferecida.

De qualquer forma, ela descreve o hoje com uma clareza... Até porque, convenhamos, a situação é ipsis literis idêntica, com riquezas de detalhes torturantes, inclusive. Na verdade, ela é semelhante a 2002, a 2000, a... É aquela velha estória: "mudaram as estações, nada mudou". Ou o que eu coloquei no título deste post: a vida é uma repetição (constante) de acontecimentos...

Snow Song

I

Na solidão da montanha de gelo
Enquanto a avalanche cai sobre mim
Minha vida passa num piscar de um sábado
Na reluzente estrela que vivo a perseguir.

Mas ela apagou, ou foi para outro lugar
E eu continuo a descer por essa montanha
De gelo em cristal, pedras pontiagudas
Que facilmente me ferem, a ponto de me perder.

A nevasca prossegue a devastar-me
Em um incomensurável frio de sentimentos congelados
Entro em uma caverna escura para me proteger
Do meu destino, de minha coragem e luz
Mas não consigo fugir de meus desejos e sentimentos.

Enquanto a neve-metal devasta a vila
As árvores abanam em sinal de tristeza
A compreensão e o amor que busco estão no cume da montanha
Um lugar que nunca consigo chegar
Parece que a neve me empurra para baixo, para longe
Não consigo decidir o destino que está em minhas mãos.

II

Talvez se eu tivesse alguma chance
Dessa nevasca passar e do Sol surgir
Uma esperança brotaria da terra e me faria sentir
O calor que preciso para em frente prosseguir.

Mas a noite novamente chegou
Não consigo mais enxergar a Lua
Essa neve toda me cega e me joga distante
Ausente de quem quero perto, importante
Impotente vejo a neve me dominar e não me deixar decidir.

Na verdade eu quero poder sair
Dizer o que eu sinto e fazer o que realmente quero
Demonstrar tudo para minha estrela
E ficar mais próximo do Sol com ela.

Eu só quero vencer a neve e poder chegar ao alto desta montanha
Para ficar ao lado de minha estrela
E poder voar direto para o céu
Ir distante, à caminho do Sol.

09/AUGUST/2002.

quarta-feira, agosto 02, 2006

Essa letra sou eu...

Desculpem pelo sumiço. As coisas não estão calmas por aqui. Muitos problemas, mente repleta e coração oprimido. Espero resolver a maioria das coisas até o fim de semana para poder me aliviar do peso nas costas. Não sei até quando agüento tanta coisa no lombo pra definir. Abraços carinhosos. Envio, por enquanto, a letra abaixo, escrita por Billy Corgan, vocal dos Smashing Pumpkins. Algo lindo, tanto a letra quanto a música, e que vale a pena ser lido, ouvido, refletido, constatado...

Galapogos
Galápagos

ain't it funny how we pretend we're still a child
Não é curioso como fingimos ainda ser crianças
softly stolen under our blanket skies
Suavemente estolados sob nosso céu protetor
and rescue me from me, and all that i believe
E me resgate de mim, e de tudo que acredito
i won't deny the pain
Não vou negar a dor
i won't deny the change
Não vou negar a mudança
and should i fall from grace here with you
E se eu me blasfemar perante vós
will you leave me too?
Também irás me deixar?

carve out your heart for keeps in an old oak tree
Entalhe o seu coração para todo o sempre num velho carvalho
and hold me for goodbyes-and whispered lullabyes
E me agarre em despedidas- e serenatas murmuradas
and tell me i am still
E me diga que ainda sou
the man i'm supposed to be
O homem que devo ser
i won't deny the pain
Não vou negar a dor
i won't deny the change
Não vou negar a mudança
and should i fall from grace here with you
E se eu me blasfemar perante você
will you leave me too?
Também irás me deixar?

too late to turn back now, i'm running out of sound
É tarde pra voltar atrás, estou ficando sem fala
and i am changing, changing
E estou mudando, mudando
and if we died right now, this fool you love somehow
E se morrermos justo agora, este tolo que não sei como amas
is here with you
Está aqui com você
i won't deny the pain
Não vou negar a dor
i won't deny the change
Não vou negar a mudança
and should i fall from grace here with you
E se eu me blasfemar perante você
will you leave me too?
Também irás me deixar?

Fonte: SPTraduzido