O mar = a mor
O Mar. Ah, que saudade eu estou do mar. As pessoas próximas do meu redor já devem estar de saco cheio em ouvir isso, mas é uma realidade: eu estou com saudades do mar. Eu tenho uma relação muito própria com ele quando estou na região litorânea do estado de São Paulo, isso porque nunca fui numa outra praia além das daqui. Quando chego lá a primeira coisa que preciso fazer é ver o mar, a linha do horizonte e mandar um terno beijo e saudá-los, mesmo à distância ou à noite, informando que eu havia chegado.
Já no dia seguinte, pela manhã, na praia, fico sentado na parte da areia (ou bebendo uma cerveja, ou lendo um livro, ou simplesmente olhando as mulheres passarem, admirando as crianças brincarem, etc.) e presto a atenção no mar. Olho os surfistas lá longe, a meninada com os pais um pouco mais no meio e no raso os bebês e crianças menores fugindo com medo da água. Principalmente quando estou com uma cerveja é ótimo, pois aía viagem fica completa, apneas observando o mar, o sol.. dá uma sensação no peito prazerosa, uma felicidade interna muito grande...
Nisso eu vou para a água. Vou ter com o mar um contato mais íntimo, de bate papo sobre como estão as coisas com ele, como eu estou, trabalho, amor, amigos, família, não necessariamente nessa ordem e vamos lá, entre mergulhos, nados, tropeços e quedas, uma certa relutância minha em deixar a onda passar por cima e a irritação dela em me jogar contra o fundo, me lembrando que o respeito e a submissão em relação ao mar tem que haver sempre, como todo bom pescador sabe muito bem, afinal, é de lá que ele tira o sustento.
É no mar que eu esqueço de mim, quem sou, quem fui, o que faço, o que deixo de fazer... a água limpa todas as impurezas de minha mente e alma e eu me sinto sempre leve e feliz quando saio de lá. Na verdade é um processo complicado: eu vou lembrando de tudo o que tem me acontecido, do passado longínquo, das dores atuais, alegrias, desamores e eu sempre fico triste ali.. nada muito sério, mas bate uma depressãozinha, um sentimento de impotência perante o mundo e a minha própria vida. Acabo por cantar canções quaisquer, só para passar o tmepo e eu ficar mais lá no mar. Sempre lembro de Vento no Litoral, por motivos óbvios, e acho que lembro de Galapogos - que está tocando agora, não por acaso - e possui um clima tão ou melhor que a música legionária.
Na verdade eu fico muito triste por rememorar as dores de minha vida, os amores não-correspondidos, as chances parcas e pocuas desperdiçadas e eu olho hoje como se tivessem sido a última. O meu grande amor que foi embora por entre os dedos, ou pelo destino. O amor desegano, aquele que você crê a pessoa gostar de você, quando ocorre o contrário. Você chega ao cúmulo de lembrar de quando tinha 6 anos e adorava uma menina chamada Tatiana, sem saber que ela gostava de você e tímido, você mal falava com ela. Lembra da Elaine que estudou há vários anos no Octacílio contigo e que brigava com ela só para chamar sua atenção (já contei essa história em outro blog). E de outras, não muitas outras, mas em períodos recentes, mas que são reocmendáveis o silêncio para estes casos, até porque a maioria deles eu já falei - só ver o exemplo que desenterrei no último post.
Me parece uma terapia individual, ou melhor, dupla: eu e o mar abrindo o jogo, sendo sinceros um com o outro de forma que ninguém, nunca, foi e nem será comigo, com ou mar ou com ninguém nesse mundo. Ali num tinha motivo para fingir ou esconder sentimentos: erámos eu e o mar, numa respeitosa quietude, a conversar e liberar os traumas de vida e morte.
É certo que cada vez que revisito o mar tenho menos coisas para contar, talvez por isso a conversa fique, às vezes, chata e tediosa, pois o disco não costuma mudar. Mesmo assim é um momento rico e que eu sempre saio renovado e certo de meu presente e meu futuro, pela compreensão de meu próprio passado. Por isso mesmo é que estu com saudades de lá. De ficar de bobeira no apê alugado ou de um amigo, siie lá... Puxar um cigarro e ficar na janela olhando o céu do litoral, a serra que é outra paixão de minha vida, se deixar passo horas namorando-a... Curto ficar num quiosque tomando cerveja e apenas olhando o dia passar, sem qualquer tipo de preocupação, pensando somente no que fazer à noite, onde sair, essas coisas... nada de com quems air, pois isso não é meu departamento, pois a timidez é minha parceira em muitos momentos.
Tenho passado por conflitos generalizados em minha mente, principalmente ideológicos e quanto ao que eu desejo fazer realmente com a minha vida e, talvez por isso eu precise tanto rever meu amor platônico, o mar. Para ele me acalmar e me trazer a paz que eu não tenho na correria poluída desse céu cinza de São Paulo. Fico pensando se querer viver a vida toda numa praia coçando não seria pouco para mim, se não seria injusto com os outros, ou, na realidade, estaria eu me preocupando demais com os outros e deveria viver a minha vida e largar toda essa balela discursiva que não vemos ir a lugar algum, somente brigas entre amigos. Talvez meu espírito revoltoso de não conseguir ficar queito ao ver indignações responda isso muito em breve. Acho que é esse tipo de definiçaõq ue tenho procurado. E nada melhor que o mar para ajudar nisso.
Uma pena eu não poder ir agora. O jeito é trabalhar, tomar ar, fechar os olhos e "mergulhar" fundo nessa pirâmide de trabalho e responsabilidades. Tem hora que dá vontade de assumir meu medo e jogar tudo para o alto e esquecer de TCC, de trabalho e ir correndo para meu velho e bom amigo mar. Saudades de você, meu filho, espero revê-lo após toda essa insanidade findar. Até lá, é o que mais desejo. Abraços.
ps: queria por umas fotos aqui, mas como não sei fazer isso, dá umt rabalhão danado, fica par a próxima. Uma pena. Achei fotos tão lindas de pasisagens praieira ao redor do mundo inteiro. Se vocês soubessema dor que dá olhar essas fotos, essas paisagens maravilhosas, são simplesmente coisas que não dá para descrever, assim como meus sentimentos de presença com a natureza, que são intensos.
Já no dia seguinte, pela manhã, na praia, fico sentado na parte da areia (ou bebendo uma cerveja, ou lendo um livro, ou simplesmente olhando as mulheres passarem, admirando as crianças brincarem, etc.) e presto a atenção no mar. Olho os surfistas lá longe, a meninada com os pais um pouco mais no meio e no raso os bebês e crianças menores fugindo com medo da água. Principalmente quando estou com uma cerveja é ótimo, pois aía viagem fica completa, apneas observando o mar, o sol.. dá uma sensação no peito prazerosa, uma felicidade interna muito grande...
Nisso eu vou para a água. Vou ter com o mar um contato mais íntimo, de bate papo sobre como estão as coisas com ele, como eu estou, trabalho, amor, amigos, família, não necessariamente nessa ordem e vamos lá, entre mergulhos, nados, tropeços e quedas, uma certa relutância minha em deixar a onda passar por cima e a irritação dela em me jogar contra o fundo, me lembrando que o respeito e a submissão em relação ao mar tem que haver sempre, como todo bom pescador sabe muito bem, afinal, é de lá que ele tira o sustento.
É no mar que eu esqueço de mim, quem sou, quem fui, o que faço, o que deixo de fazer... a água limpa todas as impurezas de minha mente e alma e eu me sinto sempre leve e feliz quando saio de lá. Na verdade é um processo complicado: eu vou lembrando de tudo o que tem me acontecido, do passado longínquo, das dores atuais, alegrias, desamores e eu sempre fico triste ali.. nada muito sério, mas bate uma depressãozinha, um sentimento de impotência perante o mundo e a minha própria vida. Acabo por cantar canções quaisquer, só para passar o tmepo e eu ficar mais lá no mar. Sempre lembro de Vento no Litoral, por motivos óbvios, e acho que lembro de Galapogos - que está tocando agora, não por acaso - e possui um clima tão ou melhor que a música legionária.
Na verdade eu fico muito triste por rememorar as dores de minha vida, os amores não-correspondidos, as chances parcas e pocuas desperdiçadas e eu olho hoje como se tivessem sido a última. O meu grande amor que foi embora por entre os dedos, ou pelo destino. O amor desegano, aquele que você crê a pessoa gostar de você, quando ocorre o contrário. Você chega ao cúmulo de lembrar de quando tinha 6 anos e adorava uma menina chamada Tatiana, sem saber que ela gostava de você e tímido, você mal falava com ela. Lembra da Elaine que estudou há vários anos no Octacílio contigo e que brigava com ela só para chamar sua atenção (já contei essa história em outro blog). E de outras, não muitas outras, mas em períodos recentes, mas que são reocmendáveis o silêncio para estes casos, até porque a maioria deles eu já falei - só ver o exemplo que desenterrei no último post.
Me parece uma terapia individual, ou melhor, dupla: eu e o mar abrindo o jogo, sendo sinceros um com o outro de forma que ninguém, nunca, foi e nem será comigo, com ou mar ou com ninguém nesse mundo. Ali num tinha motivo para fingir ou esconder sentimentos: erámos eu e o mar, numa respeitosa quietude, a conversar e liberar os traumas de vida e morte.
É certo que cada vez que revisito o mar tenho menos coisas para contar, talvez por isso a conversa fique, às vezes, chata e tediosa, pois o disco não costuma mudar. Mesmo assim é um momento rico e que eu sempre saio renovado e certo de meu presente e meu futuro, pela compreensão de meu próprio passado. Por isso mesmo é que estu com saudades de lá. De ficar de bobeira no apê alugado ou de um amigo, siie lá... Puxar um cigarro e ficar na janela olhando o céu do litoral, a serra que é outra paixão de minha vida, se deixar passo horas namorando-a... Curto ficar num quiosque tomando cerveja e apenas olhando o dia passar, sem qualquer tipo de preocupação, pensando somente no que fazer à noite, onde sair, essas coisas... nada de com quems air, pois isso não é meu departamento, pois a timidez é minha parceira em muitos momentos.
Tenho passado por conflitos generalizados em minha mente, principalmente ideológicos e quanto ao que eu desejo fazer realmente com a minha vida e, talvez por isso eu precise tanto rever meu amor platônico, o mar. Para ele me acalmar e me trazer a paz que eu não tenho na correria poluída desse céu cinza de São Paulo. Fico pensando se querer viver a vida toda numa praia coçando não seria pouco para mim, se não seria injusto com os outros, ou, na realidade, estaria eu me preocupando demais com os outros e deveria viver a minha vida e largar toda essa balela discursiva que não vemos ir a lugar algum, somente brigas entre amigos. Talvez meu espírito revoltoso de não conseguir ficar queito ao ver indignações responda isso muito em breve. Acho que é esse tipo de definiçaõq ue tenho procurado. E nada melhor que o mar para ajudar nisso.
Uma pena eu não poder ir agora. O jeito é trabalhar, tomar ar, fechar os olhos e "mergulhar" fundo nessa pirâmide de trabalho e responsabilidades. Tem hora que dá vontade de assumir meu medo e jogar tudo para o alto e esquecer de TCC, de trabalho e ir correndo para meu velho e bom amigo mar. Saudades de você, meu filho, espero revê-lo após toda essa insanidade findar. Até lá, é o que mais desejo. Abraços.
ps: queria por umas fotos aqui, mas como não sei fazer isso, dá umt rabalhão danado, fica par a próxima. Uma pena. Achei fotos tão lindas de pasisagens praieira ao redor do mundo inteiro. Se vocês soubessema dor que dá olhar essas fotos, essas paisagens maravilhosas, são simplesmente coisas que não dá para descrever, assim como meus sentimentos de presença com a natureza, que são intensos.