domingo, dezembro 17, 2006

Expressão de sentimentos

Acabei de escrever uma poesia que representa bem o que eu (não) sinto nos últimos tempos. É uma verdade que vem bater à porta de minha cara de vez enquando e eu vivo dando de ombros, fechando a porta, deixando-a do lado de fora, enquanto me prendo aqui dentro e não consigo sair de mim. Sobre o título do post, ao menos numa poesia eu consigo expressar o que (não) sinto.

Aquilo que eu não sei fazer

Estou distante, de minha alma vazia
Eu não vejo mais horizonte
Minhas frustrações venceram a esperança
Parto num sentido em que não percebo mudança.

As coisas estão sempre no mesmo lugar
Os móveis partidos ao meio
Coração de um lado, razão de outro
O que estou fazendo dentro de mim?

Em frente à TV, meus sonhos conflitam no ar
Preso à parede de minhas desilusões
Eu não consigo alcançar aquilo que eu não sei fazer
Não há ninguém para segurar minha queda.

Nenhum lugar me satisfaz por muito tempo
Vou a outra direção, para sentir o mundo se mover
Nada mais prende minha atenção por mais de um minuto
Não busco nada, pois o nada é tudo o que me faz ver.

Não desejo o sentimento fugaz
Mas tudo que consigo é não me livrar da dor de não sentir dor
Há muito que nada sinto
Resisto e sinto que falta algo.

Eu fechei a porta para mim
Não consigo dormir. Não é insônia.
Só não quero perder meu tempo com os olhos fechados
E já é mais um dia de um tempo que resta pra gastar.

Em frente à TV, meus sonhos conflitam no ar
Preso à parede de minhas desilusões
Eu não consigo alcançar aquilo que eu não sei fazer
Não há ninguém para segurar a minha queda.

Dormindo na dor de um você inexistente
Fecho os olhos para não notar que nada está diferente
Quanto tempo se passou e tudo que mudou foram os anos?
Só sobrou a fria certeza dos falhos planos?

Nunca mais, não, nunca mais, não
Pra onde vou?
Nunca mais, não, nunca mais, não vou partir
Pra onde vou?


17/12/2006 – 01h03

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Oi, Herrera
Como tá você, passados quase 3 anos deste 'sentimento expresso'?
Me diga, quero saber como estarei daqui a três anos, valeu?

5:58 PM  

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