segunda-feira, janeiro 07, 2008

Saudade...



Volto após um bom tempo inativo, após 15 dias de férias no Rio de Janeiro, sendo 11 dias na capital fluminense, em companhia de minha adorável e melhor amiga, a que mais amo de coração, Paulinha, e do meu grande companheiro Moa. De lá, eu e minha companheira de viagem, a Daiane, fomos à Paraty, conhecer as belezas naturais daquele paraíso do litoral carioca, quase paulista.

Foi tudo muito maravilhoso, muita alegria de passar um tempo sem preocupação, sem pensar em nada, mas projetando 2008, sem pressão, muita diversão, bons momentos para guardar na máquina fotográfica na memória, felicidade mais que tristeza. Essa única chatice é freqüente quando me despeço do Moa e da Paulinha.

A cada despedida é uma lembrança e uma saudade gigantesca que ficam. Se tem aquela história que dizem que a cada adeus um pedaço de você fica, deve ser verdade mesmo, porque eu senti isso. Engraçado que eu comentei com a Daiane na viagem pra Paraty que me dá raiva a cada viagem ao Rio, porque, a cada passagem, o que fica é a saudade de ter que deixá-los. Pouco tempo depois, vejo frase semelhante no orkut da Paulinha, ilustrando uma foto nossa. Dizer o quê de uma sintonia dessas, né? Apenas lamentar.

Preferia ter outra sintonia, no sentido de a gente estar mais próximo. Mas talvez seja dessa forma pela distância. Dizem que ela afasta as pessoas, mas acho que elas podem aproximar mais do que nunca as almas e corações em harmonia e amizade. Vai saber se eles morassem aqui se seria da mesma maneira. Quantos amigos temos por perto e não damos tanto valor/reconhecimento/amor? Só os que nos convêem mais, os que possuem mais afinidade, os que não resmungam por tanto tempo.

Sei lá. Só sei que não agüento mais tanta saudade e espero, um dia, estar um tempo maior, ou mais vezes num tempo, ao lado dessas adoráveis criaturas. Posso dizer para o mundo ler e ouvir: amo vocês, Paula e Moa.

E, ilustrando todo esse sentimento, escrevi uma poesia, cujo o nome não poderia ser outro...

Saudade

A viagem para um novo destino começa
E tudo o que resta de lembrança
É um abraço apertado, dolorido
E a promessa de um novo encontro em breve.

As lágrimas pararam nos olhos entristecidos
A dor de uma nova despedida
É consolada por novos planos, esperanças
E um por um sorriso de reconhecimento.

A paisagem vista da janela do ônibus reconforta
Enquanto acaricia o coração entristecido
O mar, as vilas, os morros verdes altos
Me fazem lembrar os bons momentos
Mas dessa vez não tive estrutura para suportar mais um adeus.

Talvez porque o amor aumente a cada viagem
Me lembro das anteriores, sempre com alguma tristeza, sinto saudade
Olhos marejados, mas de angústia de passageiro, passageira
Agora, um sentimento de perda permanece insistente.

Há pessoas na vida que fazem mais falta do que imaginam
Os instantes com elas deveriam ser eternos
Mas por circunstâncias de nossa existência
Nos dão o prazer da companhia apenas de vez enquando
Menos do que deveria e do que esta pobre alma necessita para viver.

02/01/08 - escrito no ônibus, durante viagem entre a capital fluminense e Paraty.

1 Comments:

Blogger Paula Barbosa said...

Querido Rodrigão, não conseguiria expressar a tristeza de ler isso, mistura com tanta alegria. É bem estanho estar alegre e triste ao mesmo tempo, mas você consegue colocar isso em mim! Há a alegria por ter você como amigo, companheiro de conversas, caminhadas, sambas e risadas. Há a tristeza, porque sempre esses momentos são pequenos, e nunca são na quantidade que eu gostaria.
A sua poesia é linda,e expressa muito bem aquilo que eu sinto!
Cada vez que vc vem ao Rio a alegria é maior, mas a tristeza , em sua partida, também, porque nos amamos e nos tornamos mais e mais amigos!
Fica, aqui, meu amor, amizade e cumplicidade!! Sempre!!
Um beijo grande!!
Você está no meu coração e daqui nao sai!!!

3:49 PM  

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