quinta-feira, agosto 02, 2007

Dando as caras

Após um longo, tenebroso e sepulcral inverno, cá estou de volta á estas linhas. Muita coisa aconteceu desde de minha viagem à Curitiba e o fim de junho. Não sei se as coisas mudaram, mas algo aqui dentro se modificou, se quebrou. Somente agora, no entanto, eu tive coragem de retomar este espaço e comentar um pouco como as coisas estão, apesar de eu não falar as questões fundamentais de meu sumiço, que eu acho que ninguém mais tem que ler sobre este assunto, muito menos eu devo remoer no que aconteceu para elencar motivos contra ou a favor para tudo ter dado errado.

De uma coisa eu sei, apesar de tudo: eu dei o meu máximo, fiz tudo o que pude e, sinceramente, há muito não sentia o que senti (e sinto) nos últimos tempos. Se isso é bom, por um lado, por outro, as conseqüências do sentimento que foi despertado em mim também foram extremamente duras comigo. E estão sendo, ainda. E serão por algum tempo. Enquanto essa dor não cessa, eu foco no trabalho. O problema é que ambas as coisas se fundem, por razões únicas e exclusivas de espaço físico. Enfim, é a mais dura batalha que eu já travei nestas áreas em uns bons anos.

Ao menos, ultimamente, o trabalho tem me tomado todas as forças, com muitas coisas em andamento na produtora, além de projetos paralelos que meu bom amigo Daniel está refletindo comigo. Além dessa parceria que me deu uma base importante para enfrentar esse momento realmente difícil em que me joguei. Um companheiro essencial neste instante. Emblemático, que representa a estrutura da minha vida: amizade. Sem isso eu acho que seria definitivamente impossível sobreviver. Outra companheira de jornada foi a Paula, que segurou boas barras nesses dias.

Aliás, voltando, cabe um parêntese: esse Daniel seria meu consultor espiritual, se eu tivesse um. Ele me fez perceber muitas mudanças, atitudes novas, posturas, falas, posições, enfim, muitos acontecimentos que revelam um outro eu, não mais o Herrero bravo, espanhol, que berra, esbraveja, xinga, que eu só descobri como Herrero na faculdade. Eu consegui aflorar e descobrir o Rodrigo (até prefiro que me chamem pelo primeiro nome hoje em dia), que também ainda berra de vez enquando, mas é mais centrado, pensa mais antes de falar, contribui mais que destrói, tenta ajudar, respeita mais, enfim, tudo aquilo que eu sempre vi em mim e só agora consegui colocar à mostra das pessoas que estão próximas a mim. Até por isso eu tenho fé que um dia eu consigo fazer com que isso seja apreciado mesmo em mim. Ainda há muito trabalho pela frente, preciso melhorar muito, consertar várias coisas, mas já me enxergo mais pronto, maduro, enfim. São etapas que vão avançando em nossa vida e é legal perceber tudo isso.

O que me aponta ao norte, como muleta de salvação momentânea, são as perspectivas do trabalho, de me ocupar o tempo inteiro, lutar, buscar ainda mais meu espaço e em melhorar o que estou fazendo, com as pessoas que estão construindo comigo coisas novas ou reformulando antigas. Acredito que estou num bom momento de minha vida, apesar de tudo o que tem ocorrido nos últimos tempos, que também foram bons, mas não ideais como eu gostaria que um dia fossem. Espero que essa decepção seja apenas mais uma prova nesse caminho que trilho e que eu supere com louvor e amadureça ainda mais. Enfim, guerra perdida, mas só meia-guerra. Espero que a definitiva, eu vença. Abraço e desejo encontrar vocês em breve com notícias mais agradáveis.

2 Comments:

Blogger Paula Barbosa said...

Se depender de mim, você estará sempre descobrindo novos Rodrigos, novas coisas, novos sentimentos e sensações. Nossa amizade é e sempre será algo especial demais pra mim, querido!
Um beijo!

8:41 AM  
Blogger Unknown said...

Obrigado, meu coração. Sua presença aqui e em minha vida é muito especial pra mim. Beijo enorme! Espero que consigamos nos ver nesse fds. Estou ansioso por esse encontro.

9:17 PM  

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