segunda-feira, maio 28, 2007

Viagem a Porto Alegre


Na sexta e sábado da semana retrasada eu estive em Porto Alegre, para colher informações para uma futura volta à capital gaúcha, para fazer uma série de reportagens sobre diversas coisas para o programa de TV da Rede Vida, além do site do padre Marcelo. Foi uma experiência legal, já que eu não conhecia a cidade. O frio que diziam que cairia sobre lá não me deixou assustado, pois eu andei mais sem casaco do que de blusa, devido ao sol que bateu por aquelas bandas no sábado, para a surpresa de todos que viviam cobertos por jaquetas e blusas de lã.

O duro de viajar de avião é tomar aquele longo e amargo chá de cadeira no aeroporto. Em Congonhas na sexta, o vôo atrasou quatro horas. Na volta, duas. Incrível a incapacidade das companhias aéreas atenderem seus clientes. O Brasil tem mania de grandeza, mas esquece a sua pequeneza tecnológica e estrutural. Falta muita coisa para atender as demandas cada vez mais crescentes, em vários setores da sociedade, seja transporte, entretenimento, hotelaria, turismo, sem falar, óbvio, no mais importante, que ninguém liga mesmo, como educação, saúde, alimentação, trabalho, esporte, cultura.

Uma coisa que eu fiz bastante nessa viagem a Porto Alegre foi tomar vinho. Que maravilha! No jantar da sexta-feira, em que encontramos um pessoal da Rede Vida do Sul – depois de uma reunião positiva –, comemos numa galeteria fantástica e tomei um vinho chamado Boscato, que guardei o nome, porque ainda quero comprá-lo pra minha iniciante e claudicante adega. Como se come bem nessa cidade. Galeto, costela, sopa de capeleti, saladas interessantes, enfim, um arraso para a balança!

Depois de uma noite mal dormida, já que meu companheiro de quarto roncou a noite toda e eu mal consegui pregar o olho, precisei de quase um litro de café para despertar. Depois de uma refeição providencial com a estagiária do programa e alguns momentos de espera, já que uma reunião marcada pela manhã não ocorreu, rumamos para engordar mais alguns quilinhos no almoço, em que eu teria um encontro com um bispo local, para saber mais detalhes da cultura de imigração e religião do estado.

E mais vinho veio para dentro (apesar deste ser mais seco que o do dia anterior, que eu saboreei mais), junto ao espeto corrido, o famoso rodízio para os paulistanos, cm que vinha carne de tudo quanto era lado. Detalhe que só eu e o bispo tomamos desta vez. O velhinho bebe. O espaço era muito aconchegante, todo de madeira, e respeitava às tradições gaúchas, até com apresentações típicas do estado de música e dança.

Depois disso, o diretor da Rede Vida de lá nos levou para conhecer algumas igrejas e dar um passeio pela cidade. Achei ruim o fato de qualquer coisa que você vá a distância é é grande, as coisas parecem espalhadas pela capital gaúcha. Gostei de ter ido ao pico do Morro da Pedra Redonda, onde fica o Santuário Mãe de Deus, onde há uma vista belíssima, sendo possível ver até a Lagoa dos Patos, o Rio Guaíba, parte de Porto Alegre e cidades vizinhas, como Viamão e outras que não me recordo o nome agora. Ainda passamos pela Rede Vida para ver um mapa do estado com todas as cidades que poderão ser visitadas pela equipe de TV. Eu, com minha mais recente dor na região do olho direito, tive que tomar alguns remédios para me controlar.

Ainda sob um sol quentinho e gostoso, rumamos para o aeroporto Salgado Filho, com a temperatura começando a diminuir, mas bem aos poucos. Eu que já estava um pouco estragado pelo vinho, depois de tanto passeio, almoço, dor de cabeça, estava com o estômago mais pra lá do que pra cá. Ainda com o problema do atraso do vôo, o mau humor queria demais se recostar em mim, mas me segurei e fiquei montando um possível planejamento para a nossa futura ida àquela cidade, com base nas informações que colhemos das entrevistas.

Foi um fim de semana desgastante, mas, depois do que eu vivi neste último, mais recente, nada se compara. Em breve eu conto essa história. Até!