sábado, abril 14, 2007

Viagem a Rio das Ostras



Primeiro, eu gostaria de pedir desculpas pelo sumiço. Mas essa semana foi bem corrida no trabaaho, finalizei um programa piloto para TV e fui enfiando na produção de outro programa, já em andamento. Mas no feriado da Páscoa eu tive alguns bons dias de descanso que valeram muito a pena.

Quinta-feira à tarde tomei um avião pro Rio de Janeiro pra encontrar minha amiga Paula, seu namorado Moisés (conhecido como Moa), e mais sua prima (Juliana) e sua amiga (Luana), pra rumarmos até Rio das Ostras, cidade que fica na Região dos Lagos, a uns 170 quilômetros da capital. Foram três horas de ônibus, com um pouco de congestionamento, rasgando a BR 101 e demais estradas da vida. Legal é passar pela ponte Rio-Niterói, um verdadeiro espetáculo em seus pouco mais de 13 quilômetros de extensão, sendo oito deles sobre o mar.

Isso me fez lembrar outra bela imagem que vi, na chegada à capital carioca: quando o avião se prepara para descer no aeroporto de Santos Dumont, é possível ver a ponte e parte da cidade de cima, além do mar. Muito belo. Foi nessa hora que eu me toquei que estava chegando ao Rio de Janeiro e veio um medo danado, por todo o histórico de violência que a cidade carrega, mas também porque me senti uma criança, pelo fato de viajar sozinho e não saber me virar ali. Aí eu recobrei a consciência, disse pra mim mesmo, "já tenho 24 anos, não tem nada disso", e deixei esse pavor súbito na poltrona da aeronave.

Voltando ao relato após este parêntese interior, a viagem foi muito bacana. A quitinete que dividimos - e que foi emprestada pela mãe de uma amiga do pessoal que reside lá - ficava bem perto da praia da Tartaruga, das mais famosas da cidade, ao lado da praia do Bosque e da Costa Azul. O problema é que lá há uma espécie de morro e depois um naco de areia em declive e o mar, batendo firme no chão e puxando forte para o fundo. Impossível entrar na água sem apanhar das ondas. Eu até tentei, mas como tenho medo de não sentir o solo com os pés, num momento que surgiu um banco de areia morri de medo e quase me afoguei. Mas as aulas de natação me ajudaram nessa hora.

Aproveitamos as condições adversas para entrar no mar, caminhamos um tempão até a praia do Bosque e ficamos numas pedras bem legais, onde há um local que quase não vem onda e é possível tomar banho de mar. O clima estava ameno e o tempo nublado, o que eu adorei, enquanto meus amigos cariocas detestavam a falta de sol. Pena que logo depois veio uma pancada de chuva e aí tivemos que sair correndo de lá. Passamos no mercado pra comprar comida e eu já levei uma caixinha de Bohemia em garrafa, pra começar né.

Enquanto a mulherada fazia o rango, eu e Moa tomávamos as cervejas, que durou nem três horas. Só pra constar, quem lavou a louça fui eu. À noite a gente saiu pro centro da cidade, comemos pizza, passeamos pelas lojinhas, tomei mais algumas cervejas, já ficando um pouco alterado. Legal foi o comentário da minha amiga Paulinha: "Eu não conheço outra pessoa que bebe tanta cerveja de uma vez que nem você". Tadinha. Ela que não anda com gente que bebe. Sou um principiante. Deixa ela vir pra São Paulo que ela vai saber o que é beber.

Joguei um pouco de fliperama numa máquina que tinha lá, uma baita saudade de X-Men versus Marvel e daquele outro de corrida que tu senta na cadeira e troca marcha, mexe no volante, etc. Me sentia um garoto. Daí uma galera foi para uma boate e eu, que não estava afim de rebolar a jaca num funk, fiquei tomando cerveja na praia, acompanhado pela Paula e pelo Moa. Sei que o resultado disso foi uma ressaca braba no sábado e um momento de insônia de madrugada, para sentar na cama e me refazer da bebedeira.

No dia seguinte foi mais divertido ainda, apesar da ressaca. Fomos pra Lagoa do Iriri, mais conhecida como Lagoa da Coca-Cola. Tudo por causa da água, que tem cor semelhante ao refrigerante. A lagoa é separada do mar por um pedaço muito ínfimo de terra e mato, mas é bem interessante. Deu pra nadar sossegado ali e o tempo firmou um pouco mais, sem chuva. Só no fim da tarde que o vento se fez presente, mas nada anormal.

Pena que no fim do dia tivemos duas notícias ruins. Uma que o Moa ia ter que voltar à noite para o Rio, porque ele iria trabalhar (se bem que isso já estava certo, só eu que não sabia) e a pior coisa foi um telefonema recebido pela Paula, informando da morte de uma amiga de trabalho querida dela. Ambos voltaram naquela noite mesmo para a capital, lamentando porque iam me deixar. Eu me senti mal, claro, mas não havia o que fazer com uma fatalidade dessas. A não ser lamentar e dar força pra Paulinha. Senti um vazio na casa de noite, com pessoas que, por mais que estivessem sendo gentis comigo, me eram estranhas, pois as conhecia há dois dias apenas e tão somente.

Com certeza, o resto da viagem não foi igual. Mas consegui me recompor aos poucos e domingo foi bom, porque fez um baita sol e fomos até as pedras, para tirar fotos e conseguir nadar um pouco, já que na praia da Tartaruga o mar estava ainda mais agitado. O problema era que meu vôo para São Paulo saía às 20h11 e eu estava com medo de pegar engarrafamento na volta para o Rio de Janeiro. Não deu outra. Nos atrasamos para sair da casa, tanto que tomamos o ônibus somente 15h50, pegamos um trânsito infernal, que me roeu o estômago de tanta angústia e me fez chegar somente 20h50 na cidade maravilhosa. Corri que nem doido de onde o ônibus parou, uns 500 metros antes da rodoviária, pois havia um trânsito enorme na frente da rodoviária, tomar um táxi voando até o aeroporto.

Sorte que ponte aérea pode mudar o horário do vôo no balcão da companhia aérea (fiquei sabendo isso pelo meu chefe, após ligar em casa do ônibus e pedir pro meu pai encher no celular do meu chefe) e consegui alterar para o vôo das 21h36. Porém, pra piorar a situação, todos os últimos oito vôos pra Sampa estavam atrasados e adivinhem o que aconteceu? O meu só saiu 23h40. E pra acabar de vez com tudo, o avião não iria pra Congonhas, porque o aeroporto ainda tinha 15 vôos pra liberar de lá e ele não tem permissão pra funcionar 24 horas por causa da área ser residencial. Resultado: mandaram a gente pra Guarulhos.

Nessa altura do campeonato eu já estava tranqüilo, me cansara até de me estressar. Aguardei calmamente no aeroporto, não reclamei na aeronave e me resignei ao saber, lá pela 1h da manhã que teria que pagar uma fortuna pra ir de táxi até em casa. E foi mesmo: R$ 82,50. Também fui com conforto. Era isso ou passar a madrugada no aeroporto e, de lá, ir para o trabalho. Cheguei em casa quase às 2h, numa verdadeira odisséia para alcançar esse intento.

No fim das contas, a viagem foi divertida. Descansei bastante, conheci gente nova e bacana, revi meus queridos amigos que tanta saudade eu tinha, visitei um lugar bonito que nunca imaginei que estaria e recarreguei as baterias para o ano que nem na metade chegou e está uma correria danada. Quero agradecer a Paulinha pelo convite e espero ir mais para o Rio para reencontrá-los, inclusive, no casamento que deve acontecer ainda este ano, né? Adoro vocês dois!

Abraço a todos e até a próxima.

2 Comments:

Blogger Paula Barbosa said...

Meu querido, você ter vindo ao Rio fez com que nosso feriadão ficasse espetacular.
Foi tudo maravilhoso... Você é show de bola. Nos divertimos demais ao teu lado.
É muito chato existir a distância, mas é maravilhoso saber que temos um amigo tão lindo, mesmo que more tão longe ( e que tenha esse sotaque ahahahhahah Brincadeira hein).
O negócio é o seguinte, Rod: AMAMOS VOCÊ! MUITO!!
Beijaooooooo

12:17 PM  
Blogger Unknown said...

Oi Paula querida. Valeu o recado e os elogios, não mereço tanto. hehehe... Espero que as coisas estejam se ajeitando pra você aí. Beijão e também te adoro, minha amiga querida.

3:12 PM  

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