sexta-feira, abril 27, 2007

Obrigado, a nada

Para contrapor o post abaixo, nada "melhor" que relatar um acontecimento que se sucedeu poucos minutos depois do citado anteriormente. Já no metrô eu estava morrendo de fome e comeria a primeira coisa que aparecesse na frente.

E na estação Ana Rosa tem, no mezanino, um balcão de sorvetes, biscoitos, etc. Eu vi um pacote de uma bolacha que eu adoro e ia avançar naquilo mesmo, considerando uma janta nutritiva. Porém, um obstáculo estava à minha frente: nenhuma das atendentes queria fazer seu trabalho.

As três conversavam com outra, do outro lado do balcão, que já estava indo embora. Vai ver o assunto desta era interessantíssimo, pois as demais não conseguiam desviar os olhos, prestando tórrida atenção ao que ela falava.

Eu cheguei a duvidar se o balcão estava aberto. Perguntei a uma delas: "Vocês estão abertos?". Para ver a resposta não-verbal, com a cabeça meneando para a baixo e para cima, num sim distante, já que a moça nem sequer deu o trabalho de olhar na minha cara.

Foram os minutos mais longos e estressantes daquele longo dia. E já que eu estava com a maldita pressa pelo atraso e o pouco tempo para chegar ao Morumbi, não me contive e saí fulo, sem aguardar elas terminarem de falar o tão interessante tema que guiava o diálogo. Caminhei proferindo impropérios com meu estômago gritando de fome e minha raiva subindo pelas paredes.

Só fui comer num boteco tosco na paulista, dois salgados duros, com um mate gelado bem gostoso. Resultado: estômago reclamando o primeiro tempo todo da partida. Duvido que se eu tivesse comido as saborosíssimas bolachas eu teria tido esse problema.

Tudo por causa de três atendentes que não se interessavam em trabalhar, mas sim em conversar e perder dinheiro. É, a boa educação e a presteza ao cosnumidor ficam em segundo plano quando "a fofoca é boa".