sexta-feira, julho 21, 2006

São Paulo!!!!!


Olá pessoal!

Não estou muito inspirado para escrever nada hoje, estou cansado e com várias coisas aqui no trabalho por fazer. Também não há muita novidade, apenas que esse fim de semana vou conseguir tirar fotos da minha sobrinha Laiz porque minha máquina fotográfica chegou dos EUA junto com meu chefe, que estava acompanhando o padre Marcleo num evento que teve por lá.

Meu bichinho (a máquina) é bonitinho pra caramba, pequenininho, muito bacana. Não via a hora de ter uma máquina decente! pena que agora vou ficar sem grana por um tempo, ainda mais com uns imprevistos financeiros que tive, mas é vida que segue.

No entanto, não dá pra deixar de falar da dramática e maravilhosa vitória nos pênaltis do São Paulo sobre o Estudiantes na última quarta-feira. Confesso que achava que não passaria, e até escrevi no blog do jornalista de esportes da CBN, Victor Birner, que se passasse seria nos pênaltis. E não é que foi? Pra deixar o coração tricolor ainda mais maluco!

Passei umas duas horas antes do jogo lá fora, tomando cerveja e batendo papo com o dono da Towner que vendia a birita e fazia uns dogs também. Mas rango eu não comi, porque tinha meus lanches com queijo, como disse quarta. Vi a chegada da torcida argentina, e os xinguei muito, junto com outros torcedores (porque isso acontece e é tão instintivo?).

Entrei no estádio pouco mais das 20h e fiquei lá, aquela espera angustiantes, ouvindo meu radinho de pilha, e o estádio enchendo. Que coisa linda 66 mil torcedores lotando um local e cantando o hino do clube. Só quem torce mesmo sabe o quanto isso emociona, leva você a gritar que nem louco, sem se importar se a cabeça vai doer, se você quase sobe no parapeito da arquibancada... é doido isso.

Todos viram irmãos nessa hora, pela mesma causa. na hora em que me ajoelhei para ver a batida de uma falta pelo Rogéiro um cara lá batia carinhosamente na minha cabeça e no meu ombro, como que torcendo que aquele desespero meu desse resultado. Na falta não deu, mas nos pênaltis...

Que sufoco aquilo! Fiquei esperando. Na hora que o Ricardo Oliveira rumou para a área para bater o pênalti, me dobrei novamente e fiquei ali por dez cobranças, segurando no ferro da proteção do parapeito, quase não conseguindo mais ficar naquela posição, minhas pernas tremiam pelo peso jogado nelas. E os pênaltis eram convertidos e a angústia aumentava. Até que o Danilo errou e eu achei que ia pro brejo.

Eu, que já ficava olhando pro símbolo do São Paulo que fica próximo do meio campo e beijava o símbolo da camisa, como que num mantra pra ajudar os jogadores, parei de ver as penalidades dali em diante. Me fixei no símbolo situado no campo e quase mordi o símbolo da camisa, pois segurava com as duas mãos no ferro, apra não cair para trás. Senti o mesmo cara colocando a mão no meu ombro, como que dizendo, "é isso aí meu, vamos lá", tentando incentivar.

Só sei que depois que parei de ver os pênaltis a sorte mudou: o Rogério pegou um pênalti (esse é o cara!!! do mesmo jeito quase que pegou o da foto acima, defendido contra o Corinthians), Junior converteu com categoria e a pressão virou para o adversário: se errasse, já era. Eu, que ainda via de relance a bola indo pro gol, no último pênalti do argentino eu não vi mesmo. Vi apenas o Rogério no chão. procurava a bola e não achava. Só percebi que o Carrusca (também, com um nome desse) tinha jogado pra fora quando ouvi o narrador José Silvério grtiando que a bola tinha saído e que o São Paulo tava classificado.

Alguém pode perguntar como eu poderia ter ficado na dúvida, se a galera do estádio gritou muito quando viu a bola sair. Obviamente, tudo isso ocorreu em fração de segundos. E, também, quando você está concentrado dessa forma, só com a mente numa coisa, tudo fica em silêncio, você realmente não ouve nada.

Só sei que eu levantei, gritei um pouco (passei do estágio de gritar, de tanta tensão que vivi ali) e vi o mesmo cara que tinha me apoiado nos pênaltis pedindo um abraço para festejar aquela vitória, no que eu retribui com muita alegria.

Eu disse que é uma irmandade só num estádio de futebol: você conversa, abraça, ri, chora, vira amigo de um monte de gente que nunca viu e talvez nunca mais vá ver. Parece insanidade, mas é cumplicidade focada num objetivo: o São Paulo. Que bom se isso acontecesse em outras coisas na nossa vida.

De qualquer forma, é muito bonita essa união, essa confraternização. E espero que possamos viver tudo isso mais vezes. Quarta-feira que vem tem mais: sofrimento, dor, choro, alegria, risadas, explosão. Pior que vai ser no México, então a agonia será em frente a TV. Que venham as Chivas!

Ps.: ia escrever pouco, escrevi muito. Normal! hehehe...