sexta-feira, julho 14, 2006

Um Dia Perfeito

“Quase morri
Há menos de trinta e duas horas atrás
Hoje a gente fica na varanda
Um dia perfeito com as crianças

São as pequenas coisas que valem mais
É tão bom estarmos juntos
E tão simples: um dia perfeito” – Um Dia Perfeito, Legião Urbana

Encontrei um novo significado para o início dessa canção. A música, segundo Renato Russo disse uma vez, trata sobre a quase morte do guitarrista da banda, Dado Villa Lobos, por causa de uma insulina, e o recomeço da vida para todos, ivendo coisas simples, como se nada tivesse acontecido.

Mas, prefiro imaginá-la de uma outra forma. Saindo do estádio do Morumbi na última quarta-feira, após a vitória do São Paulo sobre o Grêmio, por 2 x 1, percebi uma outra conotação: as duas primeiras estrofes da canção representam um passado em que as coisas não estavam muito bem, com brigas, ou memso distanciamento entre as pessoas e, nas duas estrofes a seguir, os problemas haviam sido superados e já podíamos viver em paz, com quem amamos, de forma tranqüila e sadia.

Pensei isso no meio da rua, entre vários torcedores, senti um bem-estar ao olhar em retrospectiva para poucos meses atrás e para hoje, que me sinto muito mais amado e feliz com meus amigos e as pessoas que, sem frescura de nada, demonstram o amor que possuem por mim. Confesso que isso é gratificante, saber que há pessoas que se importam e gostam de você, que és querido, etc. O ser humano sente falta disso e comigo não é diferente. Sinto que preciso disso como a água que bebo ou o ar que respiro.

Talvez por isso, também, sinto-me um pouco solitário nos últimos tempos. Mas aí é outro departamento, me refiro a relacionamentos mais “profundos”, se é que me entendem. Mas isso, por enquanto, permanece em zero. Quem sabe uma hora mude. Enquanto isso, aproveito e amo os amigos que tenho, que já me ajudam a estar bem comigo mesmo e a me dar força para superar a barra dessa vida.

Ainda desejo um dia como esse descrito na canção, perfeito. Na verdade, eu possuo muita sorte nessa vida por viver diversos dias perfeitos. Pois quando estou com meus amigos me sinto perfeito. Não por mim, mas porque estou com eles, que completam as minhas lacunas.

Caos

Hoje consegui vir trabalhar, pois a Polícia Militar fez um acordo com a SPTrans e as companhias de ônibus botaram os coletivos nas ruas. Parece piada né, mas não. Falei melhor sobre o tema ontem no outro blog: http://www.jornalismoepolitica.blogspot.com/. O jeito é tentar viver do jeito que dá e lutar com as próprias forças para mudar esse quadro.

Como? Não tenho respostas para todas as perguntas. Procure você sua resposta, sua pergunta, sua mudança. Eu estou procurando a minha. Precisamos fazer alguma coisa, não dá mais apra ceitar declarações imbecis de políticos, enquanto pessoas morrem em São Paulo, no Líbano, na Palestina, em Israel, na Índia, no Iraque.

Até quando o ser humano vai assistir incólume a tudo isso? Por que preferir se esconder na vida medíocre da rotina e do cotidiano, ao invés de lutar para transformar o mundo em que vivemos? Por que é mais fácil se trancar em casa com medo de tudo e não cobrar quem você votou na última eleição? O dia que as perguntas diminuírem, talvez estejamos no caminho certo.

2 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Que reflexão inusitada para aquele momento pós-jogo heim! heheh
Mas é bom quando a "luz" acende né? Aí eu sempre lembro dessa frase aqui: "teremos coisas bonitas pra contar..." :)

bjoca

12:24 PM  
Blogger Unknown said...

Oi Aninha! Brigado pela visita! : )))

Realmente, é bom sim! Foi inusitado mesmo, hahaha, mas não há hora pras coisas acontecerem, hehehe... Essa frase é bonita sim, traz esperança, apesar de todos os problemas, teremos coisas bonitas pra contar sim! : )

Beiju!

1:37 PM  

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