segunda-feira, agosto 11, 2008

Que estresse!

São quase nove da noite e eu em casa, tranqüilo, há algumas horas já, só no preparo da janta (a panela de pressão apita, ainda tenho medo desse troço, trauma da minha mãe, que nunca viveu um estouro de panela, mas sempre falou disto), bebericando uma cerveja no meu copo de chopp recém comprado, enquanto escrevo estas linhas. Essa cena nem se assemelha ao estresse e correria que vivi hoje.

Fui mais tarde ao trabalho para ver um pouco das Olimpíadas e também fazer um serviço externo de registro de obras que só eu sei fazer lá (e não gannho nada a mais por isso) que só abre às 10h - órgão público é uma beleza. Cheguei na pretensão de não ficar até a noite, pra poder ir à PUC começar a ler a bibliografia indicada de um processo seletivo que vou prestar aí (em breve mais notícias sobre).

Muitas tarefas na produtora (nada comparado à quinta, só coisas internas): tratamento de fotos, revisão de texto de estagiária, organização de planilhas de programação do site, etc. Às 13h eu estava nervosíssimo de tanta fome e fui almoçar bufando. Comi rápido pra poder voltar logo e fazer as coisas, mas tendo que passar antes na nova agência do Itaú que abriu ali pertinho e transferir a conta pra lá - fica tudo mais fácil, pois a outra é anos-luz da produtora, nem ônibus direto tem, precisa depender da boa vontade de alguém pra ir lá.

Chegando na dita cuja, o gerente me atende bem e faz o pedido de transferência, me alertando, no entanto, por uma coisa: "aqui aparece tem uma pendência no SPC de 20 reais , o senhor sabia?" Claro que não, obviamente. Me assustei, conversei com ele, que me indicou o que era, etc., e me orientou a pesquisar pela internet. Fiquei mais fulo do que já estava, realmente, a segunda-feira só prometia.

Subi bufando pra produtora, pesquisa na net, mas essas informações não são fornecidas pela web, é preciso ir até o posto de atendimento. Acelerei as coisas mais urgentes que tinha por fazer (coitada da estagiária) e às 15h rumei pro centro, em direção ao Serasa, no Viaduto do Chá.

Chegando no endereço, uma fila enorme na entrada. Me informei com o último da "cola" que confirmou ser a fila do Serasa: "deve estar cheio de gente, pra ter essa fila". Não deu outra: uns 20 minutos só pra entrar no prédio. Depois, mais uns 30 minutos de suplício numa cadeira estofada. Deu pra reparar várias pessoas, indignadas, exaustas, perdidas, aguardando os monitores que, do alto, imperiosos, anunciavam o código de 4 números e uma letra, mais o guichê que a pessoa devia se dirigir. É angustiante a espera, ainda mais por algo que você tem a ccerteza que não está errado.

Não deu outra: quando chamaram meu número (2473-B), apresentei meus documentos e "nada consta", a atendente proferiu. Expliquei o motivo de ter ido até ali e ela, de forma sismpática: "o senhor já foi no SPC? Fica na rua Boavista, 60". Do alívio para o terror: "outro lugar pra ir?", pensei. A moça completou: "fica aberto até às 17h30". Olhei no relógio e eram 16h50. Sorte que não era longe, em 10 minutos já estava em nova fila, esta menor, para receber a informação de uma atendente cansada e de cara amarrada, que nem respondeu ao meu "boa tarde" (tudo bem, de manhã, o atendente do registro da Biblioteca Nacional não respondeu ao meu "bom dia", depois eu quem sou o mau-humorado), nem me disse nada, pegou os documentos, emitiu o papel que acusava o débito e só respondeu, secamente, minha pergunta do que eu deveria fazer: "no papel tem o telefone de onde o senhor deve ligar".

Reparei que era da Net a "dívida". Saí mais indignado ainda, quase correndo pra ligar lá e resolver esta querela, com vontade de xingar o primeiro atendente que ouvisse. Depois de passar pela Barão de Itapetininga e comprar uma tesoura meia-boca por R$ 1,99 (finalmente posso cortar minhas unhas normalmente, só espero que ela agüente minhas unhas dos dedões, quase refugou na primeira "cortada") e comprar 5 latas de Antarctica pra acompanhar a noite de jantar - afinal de contas, pelo adiantado da hora, a idéia de ir à PUC tinha ido pro vinagre -no Dia (no Econ aumentou, manés, tem outro mercado do lado), fui pra casa e liguei pra Net.

Depois do cara fuçar o cadastro e se tocar que nada podia fazer, porque o valor era de fevereiro e havia ido pra cobrança (7 minutos no limbo, ou no lixo, como o leitor queira), ele me passa outro fone, com um adendo intrigante: "o senhor pode ligar a cobrar nesse número". Quase o mandei as favas pelo comentário, imaginando que ele pensara que eu não teria dinheiro pra pagar, já que não quitara a tal dívida. Mas tudo tem explicação nesse mundo maluco.

Liguei a primeira vez no novo número e fiquei uns 3 minutos ouvindo: "Seja bem vindo ao mundo dos nets, aguarde que já será atendido". Aí fui entender o porquê do "ligar a cobrar". Liguei e foi mais uns 10 minutos, por aí. Já tinha cansado de deixar o fone no ombro pra ouvir menos aquela mensagem idiota,a lém de ter resolvido fazer outras coisas no computador, quando uma atendente com sotaque nordestino, compreensiva e educada, atendeu, expulsando aquela porcaria de mensagem gravada.

Conversamos, argumentei do porquê da Net não ter enviado correspondência a mim, avisando da cobrança, que era retroativa a poucos dias que o aparelho esteve por desligar antes de eu me mudar da casa de meus pais (e como aqui onde resido não chega cabo da Net, tive que cancelar), ela explicou tudo e perguntou se eu queria receber a conta por e-mail ou correio. Clamei por ser por e-mail pra me livrar dessa droga logo. Agradeci-a pelo atendimento, vi a conta no e-mail e fui no caixa eletrônico da loja de conveniência do posto de gasolina próximo daqui e paguei essa droga, me livrando por completo.

Mas que dor de cabeça e raiva passei hoje! Não desejo a ninguém. Você ter o nome "sujo" por algo que não é culpa sua? Dá até vontade de fazer uma reclamação no Procon. E eu vou pesquissar como faço, pois esse, no mínimo, "deslize" por parte deles, não pode ficar assim.

1 Comments:

Blogger Bob said...

Que dia, hein rapaz! Me espanta sua incrível habilidade com as panelas.

Então, sobre Argentina, meu amigo que foi comigo pro Chile falou de irmos pra lá, mas tenho os dois pés atrás. Geralmente argentino é arrogante e trata mal brasileiro, é o que tenho ouvido por aí. Eles têm invejinha da gente, pq a gente é desorganizado mas somos os melhores da América do Sul :-)

3:30 PM  

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