quinta-feira, janeiro 05, 2006

O Mundo se Afasta... Será?

Não sei se é por causa das festas de fim de ano e das férias, mas nesse período as pessoas costumam se afastar. Os emails e recados no orkut rareiam e o telefone nunca toca para você. Acho um saco isso, pois fica aquela sensação de abandono, de que ninguém mais lembra de você e acho que a pior coisa para um ser humano é ser esquecido, não ter ninguém que se lembre e se preocupe por ele. Deve ser o fim do mundo.

E mais surpreendente: você começa a se culpar por isso. Acha que mandou poucas mensagens, que não ligou, que não tratou bem quando apareceu. Enfim, você acaba por jogar toda a culpa em si próprio e não percebe a culpa da outra pessoa ou mesmo a naturalidade da situação, da data, etc. Ou, então, joga toda a responsabilidade no amigo, ou em quem quer que seja, pelo sumiço e a perda de contato.

Eu, sinceramente, não sei o que responder, pois já cogitei todas as três hipóteses. Não sei se é por causa da época e da falta do que fazer em casa nessas férias curtas, mas eu fico um tanto perdido com essas divagações. Perco-me em tarefas corriqueiras de casa para não pensar em algo muito profundo.

Também, proibi a mim mesmo de discutir qualquer questão profissional esta semana. Por mais que pensamentos sobre o que eu possa ou não fazer invadam minha mente, eu busco afastá-los de pronto e tento direcionar minha mente no vazio da televisão, na alienação da escolha do novo técnico do São Paulo, na limitação de decidir o quê comer de almoço, janta...

Além de manter o mesmo primeiro CD do Creed no aparelho de som, afinal, fazia anos que não o ouvia, já que estava emprestado, e é um álbum que tem feito eu questionar algumas coisas dentro de mim. Vai ver faz sentido, deve trazer algum conteúdo intrínseco, até porque, o CD se chama My Own Prision, ou, minha própria prisão...

Não sei se estou fugindo ou apenas tentando dar uma folga para minha mente que trabalhou muito em 2005. Nem acho que estou errado, pois preciso relaxar um pouco mesmo, mas uma sensação ruim no meu estômago me diz que não posso deixar de resolver questões que parecem aflorar neste instante. E é isso que vou procurar fazer, acho.