quarta-feira, janeiro 14, 2009

What kind of fuckery are you?

Nada mais emblemático do que voltar a beber ao som de Amy Winehouse, ainda mais com "Me and Mr Jones": "What kind of fuckery are we?" Hoje é um dia alegre, porque eu voltei a beber sem, por enquanto, a garganta reclamar.

Hoje tive uma reunião bacana com um grandisíssimo amigo, sobre vários projetos, para tentar fazer as coisas andarem, outras coisas. Em breve saberemos quais.

Mas o que mais importa é que passei algumas parcas horas agradáveis com um grande amigo que realmente vale a pena, que aposta em mim, que cresce comigo. Falamos de trabalho e de milhares de outras coisas. Eu já aprendi que a amizade transcendeu o trabalho há tempos, cumpádi, até por escrever isso dou o braço a torcer, com o maior orgulho, satisfação e felicidade.

O ser humano é mesmo muito insólito. Dá valor a coisas que não vive, que não existem. Enquanto busca a semana inteira por um fim de semana perfeito, num bate-papo com amigos na sua casa, não percebe que uma simples quarta-feira pode proporcionar tudo isso, mesmo que em meras duas horas.

Eu sempre vivo buscando o elo perdido de mim mesmo, a confraternização perfeita, do jeito que eu quero, que nunca acontece e sempre me desaponto, enquanto coisas fantásticas aparecem neste interím, por acaso, por descaso, por encontro, por assombro.

Eu preciso saber entender os sinais. E viver bem todo e qualquer momento, aproveitando um bom instante não programado. E dizendo foda-se às programações e organizações. E também a quem almeja sua amizade, sem mostrar, no entanto, um pingo de vontade. Sim, vai chorar se tudo acabar. Vai sofrer se perder. Mas não se esforça ao mínimo pra fazer a coisa sobreviver. Mente, omite, inventa, pra não causas atrito. Mas, parece que não me conhece, pois, se eu descubro, só aumenta o conflito.

Acho que estou aprendendo. Azar que de quem se descuida de mim.

Não estou puto não, porque eu já disse que não vou me gastar por quaisquer. Por nada, muito menos ninguém. Só se trata de um aviso. Não vou dar mais espaço para frases vazias e desencontros que só servem para manter a pose da pessoa, enquanto não consegue manter a própria pose diante do espelho. Esquálida, que não engana nem a si mesma, enquanto se estraga por aí, perdida no tempo. Em si mesma.